Nos tempos atuais, não é difícil sentir-se paralisado com a velocidade dos acontecimentos e, principalmente, com o imensurável volume de informações sobre transformações do mundo digital, em especial, da supersônica adoção das aplicações da IA. Quando colocamos em perspectiva que nosso negócio ou a nossa profissão podem não ser mais necessários para o mercado logo ali adiante, surge o questionamento: como tomar decisões dentro de um ambiente de tamanha incerteza?
O momento que vivemos é absolutamente transformador e especula-se sobre o quanto ele será um ponto de inflexão na história da humanidade. Agora, é prudente mantermos um certo distanciamento para não sermos capturados pelo espiral das emoções extremas que dificultam o acesso e o uso daquilo que nos diferencia como espécie, a capacidade de termos consciência de nós mesmos, de identificar nossos pensamentos e emoções, para ajustarmos nossas ações de forma individual e coletiva para o nosso próprio bem e do entorno.
A grande maioria dos quase 8 bilhões de habitantes do planeta não entende como a tecnologia chegou a esse grau de desenvolvimento e, muito menos, como autorizar ou desautorizar a evolução da inteligência artificial. No Brasil, talvez o desafio seja ainda maior, tanto pelo perfil social e educacional da população, quanto pelo ecossistema político que faz com que convivamos com o paradoxo de viver no mundo do presente-futuro tecnológico, mas, com um país muito atrasado em questões relacionadas ao sistema político e normativo. Isso é a tempestade perfeita.
Nesse contexto, podemos escolher entre a ilusão de esperar a tempestade passar, na esperança de reencontrar um local de conforto, ou perceber o mágico momento que nos encontramos na travessia da humanidade. Sim, mares bravios trazem várias dificuldades, mas, as melhores aventuras que contamos “a beira do fogo” são exatamente as histórias de superação dos grandes desafios. Todos nós gostamos de acompanhar a jornada do herói. Por que não aproveitamos a oportunidade que a vida nos dá e sejamos o herói protagonista de nossas próprias vidas?
Tocou a nós, que estamos vivos hoje, lidar com esses desafios. Independentemente da tecnologia existente, emergente ou mesmo inimaginável, contamos com um número de respirações finitas. Temos somente o nosso próprio tempo, a nossa própria perspectiva desta jornada da vida que nos é proporcionada para que possamos viver, e aprender a aprender. Seja você empresário, empreendedor, profissional, estudante, aprenda a se reinventar permanentemente da forma mais fluída possível, até que consiga perceber prazer na jornada da reinvenção – trata-se de uma viagem de aventura em que o segredo está em apreciar cada momento até o próximo destino. Afinal, a vida não tem simulador, basta vive-la. Agora.
Bacana Daniel