Em um mundo em constante evolução tecnológica, é fundamental analisar as inovações que moldaram nossa sociedade e refletir sobre as transformações que estão por vir. Atualmente, a Inteligência Artificial (IA) é um tema que permeia todas as conversas. De crianças a vovozinhas, todos já tiveram algum contato ou ouviram falar sobre o assunto. O tema, contudo, não é recente e sempre esteve no imaginário humano.
Desde os primórdios, o ser humano almejou uma máquina que pudesse agir e pensar como ele. Hollywood, por exemplo, nunca deixou de explorar essa temática. Desde “Metropolis”, filme mudo de 1927, até produções mais recentes como “Blade Runner: O Caçador de Androides” e “Ela”. Essas produções retratam robôs, computadores e programas que atuam para o nosso bem ou em busca da nossa destruição.
A inteligência artificial não é um conceito novo, mas sua aplicação prática tem evoluído a passos largos a partir de uma evolução chamada Inteligência Artificial Generativa. Esta técnica se baseia na capacidade de os sistemas aprenderem com dados existentes e, com base nesse aprendizado, gerar novas soluções criativas de forma automatizada.
As ideias relacionadas à inteligência artificial surgiram bem antes do surgimento da tecnologia que tornou isso possível. Estudos em diversas áreas começaram a se direcionar para essa ideia, especialmente durante a Segunda Guerra Mundial. Foi nesse período que Alan Turing, um matemático inglês do século XX, fez contribuições decisivas para o desenvolvimento da computação. Conhecido como o pai da ciência da computação, Turing desenvolveu um modelo teórico chamado “Máquina de Turing”, que fundamentou a computação moderna. Enquanto Turing foi um dos pioneiros, muitos outros visionários surgiram ao longo dos anos, contribuindo para o avanço da tecnologia. Dentre esses visionários, com seus 40 anos de experiência em tecnologia, Bill Gates, co-fundador da Microsoft, nos surpreende ao opinar que só viu três tecnologias tão importantes e transformadoras quanto a inteligência artificial generativa: a interface gráfica do usuário, a internet e o iPhone.
Interface Gráfica do Usuário (GUI): A GUI não foi apenas uma mudança estética; ela democratizou o acesso à tecnologia. Transformou a interação com computadores de uma tarefa técnica para uma experiência intuitiva, permitindo que pessoas de todas as idades e origens pudessem se beneficiar das maravilhas da computação.
Internet: A internet não apenas conectou dispositivos, mas também pessoas, ideias e culturas. Ela eliminou barreiras geográficas, possibilitou colaborações internacionais e deu origem a uma economia globalizada, redefinindo a forma como nos comunicamos e fazemos negócios.
iPhone: O iPhone simbolizou a era da mobilidade e da convergência tecnológica. Ele consolidou diversas funções em um único dispositivo, estabelecendo novos padrões para a indústria de smartphones e redefinindo nossas expectativas sobre o que um telefone poderia fazer.
Além dessas tecnologias, a inteligência artificial generativa está impactando diversos setores.
Um exemplo concreto é a segurança privada. Você já imaginou um mundo onde robôs fazem o trabalho de seguranças humanos? A escassez de profissionais na área de segurança privada é um problema crescente. Mas uma startup suíça chamada Ascento tem uma solução inovadora: robôs patrulheiros que se equilibram em duas rodas. Esses robôs, conhecidos como Ascento Guards, operam de forma similar aos seguranças humanos. Eles podem ser alugados por hora e têm habilidades como patrulhar estacionamentos, detectar invasores e até conduzir verificações de riscos como inundações e incêndios. Além de patrulhar, os Ascento Guards também podem verificar a segurança de portas e janelas. E o melhor de tudo, em caso de incidentes, eles notificam rapidamente os operadores humanos, garantindo uma intervenção rápida.
Recentemente, a Ascento recebeu um investimento de US$ 4,3 milhões de grandes nomes da indústria, como Wingman Ventures e Playfair Capital. Isso mostra o potencial e a confiança no futuro desses robôs patrulheiros. A Ascento está redefinindo o que significa segurança privada, trazendo tecnologia e inovação para um setor que realmente precisa. E assim como a segurança privada, muitos outros setores também estão sendo transformados.
A IA generativa está redefinindo diversos setores como:
Aceleração do Desenvolvimento de Software: A inteligência artificial generativa tem o potencial de acelerar o desenvolvimento de software em até 10 vezes. Isso não apenas torna o processo mais rápido, mas também muda completamente o contexto de como o software é desenvolvido.
Processamento de Documentos e Área Jurídica: Uma aplicação prática da IA generativa é no processamento de documentos, especialmente na área jurídica. Por exemplo, a capacidade de resumir um inquérito policial de 54 páginas em apenas 600 palavras, ou extrair informações específicas de documentos legais em segundos.
Transformação de Negócios: A IA generativa tem o potencial de transformar completamente os negócios, desde a aceleração de processos até a redefinição de como as tarefas são realizadas. Empresas que adotam essa tecnologia têm a oportunidade de se reinventar e se posicionar à frente da concorrência.
Desafio de Adoção: Embora a IA generativa ofereça enormes benefícios, sua adoção pode ser desafiadora. Há preocupações sobre a segurança, a possibilidade de compartilhamento de dados e a necessidade de treinamento e conscientização em toda a organização.
Competição e Inovação: As empresas não devem ter medo de competir consigo mesmas. Aqueles que não adotarem a IA generativa correm o risco de serem superados por concorrentes que o fazem. A tecnologia é uma ferramenta poderosa que, quando usada corretamente, pode levar a inovações revolucionárias.
Impacto no Mercado de Trabalho: A introdução da IA generativa no local de trabalho não significa necessariamente a perda de empregos. Em vez disso, pode levar a uma redefinição de funções e à necessidade de novas habilidades.
Outro marco que não posso deixar de registrar nessa timeline evolutiva foi a adoção de interfaces amigáveis que democratizaram o acesso à Inteligência Artificial. Um exemplo notável é o ChatGPT da OpenAI, uma fusão entre Chatbot e Modelo de Linguagem. Antes de sua existência, interagir com tais tecnologias exigia conhecimento técnico avançado. No entanto, com o ChatGPT, a interação tornou-se tão simples quanto uma conversa, abrindo portas para diversas aplicações, desde assistentes virtuais até criação de conteúdo. De fato, este texto foi gerado com a ajuda do ChatGPT, que atua não apenas como um gerador, mas como um assistente, ampliando minha produtividade.
Ainda há quem hesite em adotar ou admitir o uso dessa inovação. Eu já incorporei em minha rotina. E você, já experimentou?
Estamos à beira de uma era em que a inteligência artificial generativa promete transformar diversos setores. No mercado de trabalho, poderemos ver máquinas assumindo funções antes realizadas por humanos. Na pesquisa, a IA generativa pode acelerar descobertas, analisando dados em uma velocidade inimaginável. E na educação, sistemas de IA podem personalizar o aprendizado, adaptando-se às necessidades individuais de cada aluno. Vivemos em uma era de inovação sem precedentes, onde a tecnologia está redefinindo rapidamente o que é possível. A inteligência artificial generativa é uma dessas tecnologias revolucionárias que tem o potencial de transformar não apenas os negócios, mas também a sociedade como um todo. À medida que avançamos para o futuro, é essencial que abracemos essas mudanças e exploremos o vasto potencial que elas oferecem. A pergunta não é mais “se” devemos adotar a IA generativa, mas “quando” e “como” a implementaremos em nossas operações. E enquanto contemplamos essa nova era tecnológica, devemos nos perguntar: “O que mais é possível?”.
