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O setor de tecnologia sofrerá duro ataque das forças de atraso. Aliás, o ataque já começou, pois vultosas sanções pecuniárias começaram a ser impostas às Big Techs. Tal situação me fez lembrar saudosa advertência de um querido amigo: nada mais irrita um velho burro do que um jovem inteligente. Aqui, para o nosso enredo, o velho burro chama-se “Estado”, enquanto que a extraordinária inteligência transformadora responde pelo nome de “Tecnologia”.

Sim, o embate institucional do amanhã será, mais uma vez, entre a luz e a escuridão. Oportuno lembrar que nem sempre as forças do bem triunfaram.

Sabidamente, a Viena pré-guerra foi uma das comunidades culturais mais ricas da humanidade; da música às letras, da objetividade mundana à sinuosa psiquê do inconsciente, tudo fervilhou com raro brilho no cosmopolitismo vienense.

Paradoxalmente, mesmo esse superior saber universal não conseguiu antever os anos de irracionalidade violenta que estavam por chegar. E, quando chegou, só restaram as cinzas…

Ora, a maior lição do passado é ensinar o presente a gerar um futuro melhor. Logo, a luz da tecnologia não pode ser apagada pela escuridão estatal. Objetivamente, não podemos insistir com as velhas e puídas soluções. Ou seja, o caminho não é criar uma cascata de impostos sobre o setor de tecnologia para mais vida vegetativa a algo que já morreu. É claro que existem arestas de tributação a serem meticulosamente aparadas, a partir de uma sólida estratégia de inclusão e proeminência nos altos jogos do poder global. Mas quem tributar inteligência, colherá uma impiedosa pobreza social.

Há um novo e complexo mundo diante de nós. Por suas envolventes lógicas orgânicas, a tecnologia é um grande projeto de reconstrução humana. Estamos reescrevendo a vida, acessando desconhecidos conceitos na dimensão do intangível.

A hora, portanto, não é de limitar aquilo que pode nos fazer libertar. Mas, enquanto a liberdade individual incomodar a tantos, não será de estranhar que o Estado vença, derrotando a todos.

Créditos da imagem que ilustra este artigo: cokada

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Sebastião Ventura

Advogado, especialista em Direito do Estado pela Universidade Federal do Rio Grande Sul. Ver perfil completo >>