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Faz um ano de pandemia e já vários amigos e conhecidos tem se separado de seus parceiros. Sabemos bem que o isolamento e o aumento de exposição com nossos seres queridos, têm afetado nossa saúde mental, emocional e física.

Fiquei observando todo este tempo o tipo de relações ao meu redor, as relações entre as pessoas e entendendo o que pode estar dando certo e o que não.

Uma boa parcela das pessoas se relaciona com outras por conveniência, e outra boa parte por troca. Ninguém mantém 100% de relações de um tipo ou outro, porém prevalece um tipo.

Qual é a diferença entre elas? Como uma e a outra têm impactado na nossa saúde mental durante este período caótico que atravessa o mundo inteiro?

Relacionamentos convenientes são baseados no que ele / ela pode conseguir de outra pessoa. São pessoas que procuram relacionamentos e conexões com interesse pessoal, são normalmente receptores e dão apenas quando não lhes custa nada ou muito pouco. O famoso vampirismo social, o networking profissional, casamento por conforto ou não ficar só, são alguns dos exemplos. Não quer dizer que todo relacionamento por conveniência seja ruim, ou mal intencionado. Porém a intenção é clara, e com uma base egoísta nem sempre sadia.

Não é incomum se deparar com desilusões ao vivenciar este tipo de situação. Aliás, temos testemunhado e vivenciado inúmeras situações como esta durante a pandemia, o que têm nos levado a quebrar laços e nos distanciar de muitas pessoas, que pré pandemia, achávamos amigos, colegas de trabalho, companheiros de vida e assim por diante.

No passado, era bem difícil que aquele “usado” numa relação de conveniência enxergasse a situação. Hoje, devido a cercania obrigatória do isolamento, as evidências ficam mais claras. Os resultados estão na nossa frente. Amigos distantes, casamentos terminados, colegas de trabalho com os que não temos falado mais, etc.

A importância da troca

A teoria da troca nasce de conceitos econômicos de intercâmbio. O intercâmbio é a base dos nossos relacionamentos e conexões, quando sadios e com a intenção de ser reais e duradouros.

Muitas vezes acreditamos que quando nos relacionamos profissionalmente e precisamos influenciar alguém ou alguma equipe, precisamos do poder da conveniência e manipulação. Porém, a troca não só é bem mais efetiva, mas também profunda, de impacto e gera credibilidade. O líder e seu liderado formam um relacionamento de recíproca proximidade. A presença da reciprocidade reflete-se à base das relações sociais em todos os sentidos.

A troca e reciprocidade têm o mesmo impacto em todo tipo de relacionamento. É honesto, transparente e no caso de afastamento, não há mágoas nem surpresas. Recíproco significa algo presente numa relação entre duas partes, quando existindo de um lado, existe de igual modo do outro. Ou seja, é algo mútuo. Isto sendo verdadeiro para qualquer coisa que se intercambia, amor, ódio, conhecimento, etc. A diferença está na transparência da troca.

Acredito que não exista certo ou errado no tipo de relacionamento que desejamos com uma pessoa, mas entendo que ter claro as consequências e desfechos, é importante na hora de estabelecer elas.

Na minha experiência pessoal, todo relacionamento de troca tem sobrevivido à pandemia. Em muitos casos, se fortaleceu. E sem surpresas na hora de entender o porquê daquelas que não existem mais.

Os autores dos artigos, vídeos e podcasts assumem inteira responsabilidade pelo conteúdo de sua autoria. A opinião destes não necessariamente expressa a linha editorial e a visão do Instituto Dynamic Mindset.

Cris Ljungmann

Minha missão é aprimoramento e performance profissional, para levar ao máximo o equilíbrio da vida com o trabalho. Especialista em trabalho Remoto e Híbrido, com mais de 20 anos de experiência em treinamentos e gestão. Abordagem com ênfase na mudança e aprimoramento de mindset, metodologias ágeis, utilizando tecnologias de ponta, sem descuidar a inteligência emocional, a comunicação e com forte influência nas áreas sociais e culturais. Antropóloga pela Universidade de Buenos Aires (UBA), Coach Executivo e Pessoal pela Sociedade Brasileira de Coaching (SBC) e professora da Universidade de Cambridge. Sócia da Dynamic Mindset, fundadora da Viver para Ser, diretora executiva do Agile Institute Brasil. Cris fornece serviços de consultoria, Coaching & Mentoring, e treinamentos de liderança e performance com profissionais e empresas que estejam na procura de mudança contínua e exponencial. Praticante de esporte aventura, amante da natureza, fotógrafa e escritora.

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