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No decorrer dos últimos meses todos tivemos impactos em nossas vidas. Ficamos frente-a-frente com a impermanência, volatilidades, perdas, dores e tentativas de encaixar o diferente em algo que de alguma maneira nos dê sensação de conforto (vide o “novo normal”).

Também tivemos a chance de maior convivência consigo e com a família, possibilidade de olhar para as nossas fragilidades, otimização de tempo e deslocamentos, acesso e democratização de uma quantidade enorme de informações e cursos. E mesmo diante de tantas oportunidades de transformação, o que assistimos é a criação de pontos de vistas, todos julgando detentores de verdades, que são defendidos com a mesma força de quem torce fanaticamente para times de futebol.

Temos os partidários de que: nada terá mudado pós pandemia; o mundo piorou; o mundo melhorou. De fato, todos os cenários estão certos! Pois todos partem da sua própria perspectiva de visão de mundo e das suas verdades.

Minha conversa hoje é sobre como você tem permitido olhar para si próprio, se relacionar com o seu mundo e possíveis cenários futurísticos? Você está querendo enquadrar o novo nas suas caixinhas anteriores? Suas caixinhas foram destruídas e você está perdido/a? Está sofrendo e não vendo saída? Está fazendo de conta que nada está acontecendo? Está no papel de vítima das circunstâncias? Ou então encarnou o papel de algoz ou julgador? Ou ainda tem a certeza a só a sua visão de mundo é a correta e você precisa salvar as pessoas? Está tentando entender o que te move? Aprendendo coisas novas? Ouvindo pessoas que pensam diferente de você para saber se algo faz sentido?

Existe um famoso ensinamento budista que tem me retornado à consciência em várias situações nos últimos tempos. De uma forma simplificada o ensinamento diz: se eu jogar um pedaço de pau para um cão ele sairá correndo atrás do objeto lançado, sem questionar. Se eu lançar um pedaço de pau para um leão, ele olhará para quem lançou o objeto antes de fazer qualquer movimento.

Meu convite é que você pare diante do espelho e olhe-se com profundo amor e pergunte-se: quem sou eu? Não procure respostas nos estereótipos: sou empresário, médico, dentista, advogado, desempregado, rico, pobre (de dinheiro), pai, mãe, alto, baixo, gordo magro….não! De um passo adiante e procure se ver além dessas máscaras todas. O que te move? O que te faz feliz? Lembre-se de um dia que você se sentiu muito realizado/a, qual foi sua emoção? Como você se sentiu? Você tem medos? Raiva? Em que momento eles se manifestam?

Quais são os “gravetos simbólicos” (fé cega, emoções não reconhecidas ou integradas, amores, raivas) que te fazem sair correndo como um cachorro sem questionar quem lançou o objeto, e mais, se aquele objeto é para você ou não? E em que momentos você assume a postura de um leão questionando o emissor da informação, e verificando se a ação e emoção são suas ou para você, ou não? Ou até, você já chegou a se perguntar se precisa eliminar o emissor daquela informação entrópica da sua vida, simbolicamente falando, óbvio 😉

Aumentando ainda um pouco o círculo de observação, quantas vezes você lança “gravetos” para que os outros saiam correndo desesperadamente resolvendo situações e questões que são suas? Que tipo de informação você está emanando para todos os que estão ao seu entorno?

Quando lutamos e segregamos fora, é porque estamos divididos dentro. Lembre-se disso! Trabalhar as nossas relações internas é o mais duradouro, desafiador e maravilhoso dos processos.

É com observação, atenção, dúvida, reconhecimento e integração das emoções e suspensão de julgamentos que caminhamos a cada dia para o próximo passo da nossa jornada. Se você conhecer quem você é hoje, olhar com muito amorosidade, enxergar seus limites e pontos cegos, fará um grande avanço na sua comunicação interna e externa, e por consequente na sua caminhada.

Desejo que você tenha muitas atitudes de leão nos seus dias e em todas as ocasiões, e que tenha a entrega incondicional do cachorro quando o impulso de ação vier do seu coração.

Os autores dos artigos, vídeos e podcasts assumem inteira responsabilidade pelo conteúdo de sua autoria. A opinião destes não necessariamente expressa a linha editorial e a visão do Instituto Dynamic Mindset.

Leandra Zamboni

Psicóloga, empresária, mentora de líderes com foco no desenvolvimento dos potenciais humano, profissional com mais de 25 anos de mercado, cujo propósito é trabalhar com pessoas para que se tornem protagonistas de sua própria existência, inovem nas suas ações e transformem o meio em que vivem. Minhas premissas de atuação são: Pessoas como base e foco, tecnologia como meio, crescimento integral, sistêmico e sustentável como visão. A experiência de ser empreendedora, consultora e executiva em organizações de tecnologia e de desenvolvimento humano, me proporcionaram a expertise em temas como: Inteligência emocional, empresas orientadas à valores, liderança integral, mentoria executiva e de business, mentalidade antifrágil, aprendizagem e transformação sistêmica e existencial. Co-fundadora da Esplendor - Plataforma de desenvolvimento humano e organizacional; articulista no Dynamic Mindset. Especialização em Gestão de Negócios (FDC), Especialização em Gestão da Informação e Documentação (UFSC), Especialização em Psicologia da Liderança (UESP – São Petersburgo/Rússia), Psicóloga (UFSC). Alguns cursos e formações: Ulab: Leading From the Emerging Future (MITx); Triple International Certification in Mentoring (Global Mentoring Group), CTT Certified Consultant (Barrett Values Centre), Formação em Logoterapia (Instituto de Psicologia e Logoterapia), Neurociência Aplicada ao Coaching , Consciência Sistêmica, Psicossomática e Analise fisiognomica e corporal, Coaching Professional

Um comentário

  • Cicero melo disse:

    Meus parabéns por um instante achei que vc me conhecia.Eu sou um cão que fui treinado por um leão ,sou um cão mas ajo como um leão,raspas e restos não me desperta interesse!

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