Embora tenha sido lançado em 2005, o livro “A Estratégia do Oceano Azul”, escrito por W. Chan e Renée Mauborgne, continua me ajudando a pensar sobre a minha atuação, a minha equipe, o mercado e a vida.
Somente para lembrar, esse best-seller narra astáticas utilizadas por empresas inovadoras para se diferenciarem quando os mercados se tornam muito competitivos. E o Oceano Azul, segundo os autores, seria uma parte do mar quase desconhecida por navegantes. Há diversos exemplos de companhias que adotaram o modelo com resultados expressivos: Hering, Havaianas, Netflix, Nubank, entre tantas outras mundo afora.
A analogia se compara àqueles mercados abarrotados de concorrência — “oceanos vermelhos e ensanguentados”, resultado das “batalhas” mercadológicas entre concorrentes. Nesses locais, não há espaço para crescer, porque existem muitas empresas fazendo mais do mesmo.
Por outro lado, o Oceano Azul para o universo corporativo significa você se lançar em um mercado quase sem concorrência, em que ninguém mais oferece o mesmo que você.
Mas o que isto tem a ver com minha reflexão?
Exatamente enquanto eu estava literalmente mergulhado em uma piscina, na minha natação diária, me perguntei se seria este o meu momento de imersão no meu Oceano Azul. Um lugar onde eu estaria liberto das minhas aflições, anseios, da autocobrança, das minhas preocupações do meu dia a dia e sentimentos que tanto nos chateiam. E, sim, cheguei à conclusão de que esta é a minha válvula de escape! Onde eu consigo ficar só comigo mesmo, com minha consciência e me liberto de todos os pensamentos que tanto me afligem no dia a dia.
Principalmente no tempo em que vivemos hoje, com uma sociedade cansada pelo excesso de informação e estímulos, além de uma competitividade doentia, entendo que a descoberta dessa estratégia individual do Oceano Azul deveria vir para todos. Todos mesmo. É uma forma de encontramos novos atalhos e menos caminhos convencionais para nos realizarmos.
E para você, qual é o seu Oceano Azul?
Sempre converso com o meu time sobre a necessidade de estabelecermos o Oceano Azul pessoal, livre das concorrências que impomos a nós mesmos, como a necessidade de alcançarmos sucesso, de vencer na vida, de conquistar bens materiais, de sermos reconhecidos, enfim, da cultura do TER que, diariamente nos bombardeia pelas redes sociais. Além disso, esse TER está ligado a algo que pode ter um prazo de validade, por um tempo determinado ou acabar quando menos esperamos.
Numa outra via, deveríamos focar na cultura do SER, de sermos mais empáticos, solidários, amigos e comprometidos com a felicidade do outro. O SER é consistente e duradouro.
Abandonar nosso Oceano Vermelho e velejar pelo Oceano Azul, dentro do nosso próprio ritmo, pode abrir muitas possibilidades de ampliarmos os momentos de satisfação, leveza, autocuidado e aprendizado. E quando conseguimos chegar nesse mar azulado, temos muito mais chance de experimentarmos o verdadeiro prazer nas atividades, tanto dentro quanto fora do trabalho.
Mais do que isso: conseguirmos descobrir novas experiências, que podem nos levar também a comportamentos inovadores. É ter menos medo de errar, do desconhecido.
Procure definir o seu momento de estar imerso em seu Oceano Azul!
Parabéns pelo excelente artigo! Sua escrita é inspiradora e oferece uma análise profunda sobre o tema.
PARABENS PELO SEU ARTIGO. ISSO MOSTRA QUE O SOL NASCE PARA TODOS. E PRECISO ATITUDES DIFERENTES
Exatamente! Devemos nos apegar em algo que nos liberte e nos inspire a continuar!! Sempre nos colocando no lugar do outro! Parabéns pelo Artigo!