Em tempo que os sentimentos estão a flor da pele, este assunto vem visitando minha alma com frequência.
Você já se perguntou o quanto de nós fica em cada ser humano que convivemos? Que conhecemos? Que nos relacionamos?
Você já pensou a responsabilidade que temos ao emitir uma opinião? Um sentimento?
Estas perguntas vêm cantarolando na minha mente assim como uma música chiclete, que te pega e não solta mais.
Diariamente lidamos com diversas pessoas, algumas mais próximas, outras nem tanto. Por algumas, só cruzamos pelo caminho de volta para casa. O fato é que a cada interação que temos, de alguma forma derramamos um pouco de nós sobre o outro.
E é sobre este derramar de vida que quero falar.
Sei que somos responsáveis pelos sentimentos que fazem morada em nossa alma, a teoria fala isso: Não importa o que te deem, fique somente com o que te agrega.
Esta colocação é linda e romântica, sim romantizada, porque na prática nem sempre estamos prontos para filtrar o que recebemos.
E é aí que mora o perigo. Quando me derramo sobre alguém sem passar minhas palavras e ações pela peneira do bom senso e da reciprocidade, devo estar ciente do impacto emocional e até físico que posso causar no outro.
Nunca esqueço desta frase: Uma mentira ou opinião repetida diversas vezes pode acabar sendo tomada como verdade.
Entendi a importância da responsabilidade emocional no dia em que me faltaram com ela. Acredito que nem todas as pessoas tenham ciência do poder que temos sobre o outro. Porém, uma vez que adquirimos este conhecimento o jogo muda de prisma. Passamos a saber que dentro de um diálogo cotidiano podemos organizar e desorganizar mil coisas na mente de alguém.
Com este assunto na mesa, te convido a refletir: Quantas almas você já aprisionou por aí? E quantas vezes já fostes o prisioneiro? Trago estas reflexões para que possamos ser melhores como indivíduos, capazes de construir um mundo com mais responsabilidade e amor.