fbpx Skip to main content

Nos dias de hoje, os dados tornaram-se um ativo valioso para as empresas, desempenhando um papel crucial na tomada de decisões estratégicas e no impulsionamento do sucesso organizacional. No entanto, a mera coleta de dados não é suficiente. O verdadeiro diferencial está no Planejamento de Uso de Dados, uma abordagem estratégica que visa extrair o máximo valor das informações disponíveis. Neste artigo, exploraremos a importância desse planejamento e como ele pode transformar a maneira como as empresas operam.

Atualmente, muitas empresas se apóiam na contratação de ferramental de BI para “adotarem uma estratégia de dados”. O ferramental é apenas uma parte da história. Muitas vezes há insatisfação com os relatórios e dados processados por tais ferramentas. Os executivos acabam não confiando nas ferramentas por falta de uma estratégia clara, no qual eles mesmos deveriam colaborar com a construção.

Diariamente ouvimos falar que o DADO é o “novo petróleo”. Aliás, acredito fortemente que esta comparação não pode ser feita, pois os dados são renováveis, ou seja, podem ser usados em várias abordagens desde que se tenha uma estratégia. Prefiro comparar a uma energia limpa, como a Eólica ou a fotovoltaica.

Bem, nosso foco neste artigo é não se ater a nomes complexos como BIG DATA, DATA SCIENCE, MACHINE LEARNING, IA, entre outras derivações da aplicação e uso de dados. Voltaremos um passo atrás para entender quais são os passos cruciais para que, ao chegarmos nas técnicas e ferramentais, tenhamos clareza da estratégia.

1. Identificação de Objetivos e Metas ou situação Problema

O Planejamento de Uso de Dados começa com a clara identificação dos objetivos e metas da empresa ou uma situação problema que está impedindo a empresa de aperfeiçoar custos ou gerar mais valor. Compreender quais insights são necessários para impulsionar o crescimento e a eficiência é fundamental. Isso permite que as organizações concentrem seus esforços na coleta e análise de dados relevantes, alinhando-os diretamente com suas estratégias de negócios.

2. Identificação da composição do Ecossistema de DADOS

Após definido qual o foco e quais resultados e objetivos que se quer alcançar é importante uma avaliação geral do AS IS ligado a geração e armazenagem de dados. Entender tipo de Banco de dados, Integrações, Sistemas de Gestão, são fundamentais para criar uma estratégia técnica para organização das informações.

3. Clareza do entregável e mapeamento de riscos

Os Executivos e colaboradores que vão acessar estes dados processamos devem colaborar para definição clara de expectativas quanto ao entregável final, ou ainda, como eles desejam ter as informações para tomar as decisões necessárias. O processo de data science é também em muitos casos um projeto de “inovação” para muitas empresas. Nem sempre as execuções ocorrem no tempo definido em planejamento. Existe a necessidade de sinergia das equipes que liberam os insumos com os arquitetos que modelam a estratégia de dados. Qualquer descompasso poderá gerar atrasos no plano operacional.

4. Validação de uma arquitetura MVP (Mínimo Produto Viável)

Aqui é extremamente importante que o Arquiteto da solução apresente algo palpável para que os usuários do processamento dos dados possam entender de fato, comparando com as expectativas preliminares de entrega. Este momento é crucial para que executivos e colaboradores possam opinar sobre aspectos de usabilidade e design, ou até mesmo que tenham claro os atributos e critérios usados para aplicações técnicas mais desenvolvidas como a criação de algoritmos para preditividade, ou até mesmo o uso de ferramentas de IA.

5. Desenvolvimento da Estruturação por CICLOS ou SPRINTS

Todo projeto de Analise de Dados deve possuir um roadmap de construção como se fosse  a implementação de um projeto de desenvolvimento de sistemas. Organização por SPRINTS com entregáveis faseados, com rotinas de validação do contratante e com apontamentos de melhorias devem ser um hábito saudável para que ao final do processo haja satisfação e muito alinhamento.

6. Entrega Final

Se os passos acima forem desenvolvidos de forma profissional e clara, menor será o risco de chegar na entrega final com desconexões. Cabe destacar que a entrega de um projeto de dados deve necessariamente gerar respostas aos desafios e objetivos definidos no inicio do processo.

Cabe destacar que uma tomada de decisões baseada em dados são uma prática constante de Empresas bem-sucedidas, que reconhecem a importância de embasar suas decisões em dados concretos. O Planejamento de Uso de Dados cria um ambiente propício para a implementação de uma cultura organizacional orientada por dados. Isso permite que os líderes confiem em informações sólidas ao tomar decisões críticas, minimizando a incerteza e aumentando a probabilidade de sucesso.

Ao planejar o uso de dados, as empresas podem identificar processos que podem ser otimizados ou automatizados. A análise de dados pode revelar ineficiências operacionais, oportunidades de redução de custos e aprimoramento de fluxos de trabalho. Essa abordagem resulta em uma operação mais eficiente e ágil, contribuindo para uma vantagem competitiva sustentável.

Entender as preferências e comportamentos dos clientes (internos e externos) é crucial para fornecer uma experiência personalizada e construir lealdade. O Planejamento de Uso de Dados permite que as empresas coletem, analisem e interpretem dados do cliente de maneira significativa. Isso possibilita a criação de estratégias de marketing personalizadas, melhorando a satisfação do cliente e impulsionando as vendas.

O Planejamento de Uso de Dados também desempenha um papel vital na garantia da segurança e conformidade. Ao antecipar as necessidades de proteção de dados e conformidade com regulamentações, as empresas podem implementar medidas proativas para mitigar riscos. Isso não apenas protege a integridade dos dados, mas também constrói confiança junto aos clientes e parceiros.

Por fim, em um ambiente de negócios cada vez mais orientado por dados, o Planejamento de Uso de Dados emerge como um elemento-chave para o sucesso organizacional. Empresas que adotam uma abordagem estratégica para coletar, analisar e aplicar dados estão posicionadas para inovar, otimizar operações e superar a concorrência. Investir no Planejamento de Uso de Dados não é apenas uma escolha sábia, mas uma necessidade para empresas que buscam prosperar em um cenário empresarial dinâmico e desafiador.

Deixar um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Tiago Lemos

Economista, com pós em Economia empresarial e Engenharia de Produção, consultor especialista em inovação, investidor anjo e empresário.