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Hoje, gostaria de compartilhar, de forma sucinta, uma reflexão sobre a responsabilidade e o significado dos papéis de LIDERANÇA e de LIDERADO, pois, em várias situações, pode-se perceber que a valorização e o reconhecimento se dão somente sobre o primeiro, em detrimento do segundo.

Como um certo (embora possa ser maior) número de empresas já evoluiu no seu olhar de que a liderança já não é sinônimo de controle, mas de consciência; que as que se sustentam e crescem são aquelas que compreendem que pessoas não são peças substituíveis, e sim seres em constante processo de autodesenvolvimento; que veem e sentem o outro como um SER em jornada evolutiva.

As empresas evoluídas buscam pessoas para as posições de LIDERANÇA que já sabem que sua função é dar direção e abrir espaços de expressão; é inspirar pela confiança para despertar o comprometimento.

E como se percebe quando finalmente temos a sorte de ter encontrado a pessoa com essa ATITUDE e não apenas com esse comportamento?

No dia a dia de uma organização ou em qualquer grupo de nossas relações, isso se traduz em gestos simples, mas profundos: ver e sentir o outro; ouvir — mas ouvir não apenas com os ouvidos, mas com o corpo inteiro —; reconhecer desde as pequenas até as grandes entregas e/ou gestos de humanidade; aceitar e compartilhar ideias.

Uma liderança CONSCIENTE entende que resultados são consequência da qualidade de confiança das relações; que a força de uma equipe nasce do sentimento de pertencimento; que as entregas são qualitativas além de quantitativas.

Antes de finalizar essa primeira parte, é importante também analisarmos a diferença entre ATITUDE e COMPORTAMENTO, citada aqui acima.

COMPORTAMENTO é o que externalizamos: o que e como falamos, os gestos voluntários e os involuntários. Já a ATITUDE é um pouco complexa, pois envolve a composição de sentimentos, pensamentos e a tendência que temos de agir diante das mais variadas situações do dia a dia, que se projeta naturalmente. O COMPORTAMENTO, simploriamente, poderíamos dizer que é algo aprendido do nosso exterior. Já para a ATITUDE, foi necessário algo de nosso interior: MUDANÇA DE PARADIGMA.

Para fortificar nossa ATITUDE, é importante estarmos com nossas três inteligências em sintonia: INTELIGÊNCIA INTELECTUAL (QI), INTELIGÊNCIA EMOCIONAL (QE) e, principalmente, a INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL/SPIRITUAL (QS).

Ser LÍDER, hoje, é também ser aprendiz. É acolher o erro como o reverso da moeda — crescimento. É transformar a rotina em laboratório de evolução — tanto pessoal quanto coletiva. É ser responsável pela autogestão evolutiva e de sua equipe. E ter plena convicção de que business is people!!

Levando em consideração que business is people, vamos refletir, então, sobre a responsabilidade e o significado do LIDERADO.

Assim como a liderança consciente é essencial para o desenvolvimento coletivo, o papel de quem é liderado também exige um nível elevado de maturidade, presença e propósito.

Ser liderado, no tempo presente, é compreender que seguir uma direção não é submissão, mas alinhamento de sentido. É reconhecer no outro — aquele que lidera — não um superior, mas um espelho que reflete aspectos do nosso próprio crescimento.

Um liderado consciente é alguém que compreende que sua trajetória individual impacta diretamente o ecossistema ao qual pertence; não se limita a executar ordens: participa, coopera, propõe e se responsabiliza; é parte viva do processo criativo e estratégico de uma organização; conhece e se responsabiliza pelo processo completo.

Ele entende que o lugar que ocupa é terreno fértil para aprender e contribuir — e que toda relação de liderança se sustenta em via de mão dupla: confiança e entrega. Ser liderado com consciência é também desenvolver as mesmas três inteligências da liderança — intelectual, emocional e espiritual.

A inteligência intelectual (QI) faz compreender o propósito e a estratégia; a inteligência emocional (QE) permite lidar com feedbacks, conflitos e desafios sem perder a essência; a inteligência espiritual (QS) sustenta o sentido maior, a percepção de que o trabalho é campo de evolução da alma, onde aprendemos a servir com dignidade, ética e presença.

O liderado maduro reconhece que seguir também é liderar a si mesmo; cada decisão, cada postura, cada palavra compõe o ambiente emocional de uma equipe; quando o liderado tem consciência de que sua energia influencia o coletivo, ele passa a atuar com mais responsabilidade — com delicadeza e firmeza ao mesmo tempo — porque entende que o sucesso de um grupo nasce da soma das intenções individuais que o sustentam. Entende que ali se estabelece a energia de “alma-grupo”.

A história de vida nos mostra que os grandes líderes começaram como LIDERADOS atentos, humildes e comprometidos. E é justamente essa vivência que dá base para liderar com empatia no futuro. Saber ser liderado é o primeiro passo para compreender o valor do outro, o tempo do outro e as necessidades do todo.

Por isso, o verdadeiro sentido de ser liderado é participar da construção de algo maior, exercendo a própria autonomia dentro de um propósito comum.

Uma EMPRESA desperta é feita de lideranças em todos os níveis, unidas por um mesmo eixo: o desejo genuíno de crescer juntos. Todo LIDERADO já é líder da própria consciência — e esse entendimento já muda a sua ATITUDE perante a VIDA.

REFLEXÃO FINAL: você que está comigo até aqui, não importando em que posição está, você tem ATITUDE ou tem COMPORTAMENTO?

Um comentário

  • Atitude é estar comprometido com o todo, dentro de uma visão holística, penso que o líder tem que estar conectado a todos e com o máximo de equidade nas informações , ou seja, todos tem que estar conectados aos objetivos a serem alcançados como time.
    Muito boa a reflexão Maria Helena.
    Parabéns

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Maria Elena Johannpeter

Maria Elena Johannpeter é apaixonada pelo seu PROPÓSITO DE VIDA: COCRIAR a expansão de consciências e transformações de Vidas, visando pessoas realizadas e felizes. É Palestrante e Consultora, quando compartilha inspirações e insights para uma vida com PROPÓSITO e SIGNIFICADO. É Empreendedora Social, fundou a ONG Parceiros Voluntários há 26 anos, sendo presidente executiva e inspiradora por 22 anos. Hoje, integra seu Conselho Deliberativo. Maria Elena também contribui para vários Conselhos Empresariais com o viés de desenvolvimento dos princípios da ESG. Como seu atual Projeto de Vida, Maria Elena compartilha aprendizado e experiência em Princípios, Valores e Filosofia de Vida baseados numa espiritualidade mais ampla, em vídeos, levando à reflexão sobre liderança humanizada, com expansão da consciência e olhar ampliado do Ser Humano.