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A história do Rio Grande do Sul traz uma imensa diversidade de lutas e desafios, de todas as ordens, de muitos povos, de muitas origens, incluindo várias batalhas e conflitos que, ao longo dos séculos, desbravaram estas terras. Cada grupo que, hoje, representa uma parcela do povo gaúcho deixou sua marca alicerçada na tradição atual.

Estes esforços coletivos não apenas construíram a base econômica do estado, mas também contribuíram para uma cultura que hoje é sinônimo de orgulho, determinação, hospitalidade, resiliência e diversidade.

O Rio Grande do Sul vive, hoje, uma das suas maiores tragédias.

Neste momento, diante de todas as dificuldades causadas pelas recentes enchentes e perdas humanas, é essa mesma força histórica que nos inspira a recomeçar, reconstruir e superar este momento tão catastrófico e adverso.

A palavra de ordem, para quem pode, ainda neste momento, visualizar um futuro de curto prazo, é a de que “Vamos Reconstruir”.

Vamos reconstruir, não apenas as estruturas físicas de nossas casas, cidades, estradas e comunidades, mas também o espírito de cooperação e esperança que define um povo já em algumas frases do seu próprio hino (como se fosse um convite a uma fatal coincidência):

“Mostremos valor, constância nesta ímpia e injusta guerra!”.

Nos últimos dias, estamos testemunhando uma devastação, sem precedentes, em nossa história, causada por chuvas incessantes, destruição de rodovias, queda de pontes, aeroportos inacessíveis, desmoronamentos, alagamentos em praticamente 90% do estado e a destruição de cidades inteiras, em cenários típicos de uma guerra real, com muitas famílias perdendo tudo o que tinham, além da perda inestimável de centenas de vidas humanas.

A resposta à essa catástrofe, no entanto, tem sido um testemunho da nossa resiliência. A solidariedade entre os brasileiros se manifesta em cada voluntário que resgata um pequeno animal, estende a mão a um desalojado, em cada doação que é feita e em cada palavra de conforto e apoio que é compartilhada.

E nesse sentido um trecho da letra do hino rio-grandense poderia, para este momento, sofrer um pequeno ajuste para:

 “Mostremos valor, constância nesta ímpia e injusta guerra! Sirva nossa união de modelo a toda terra!”.

Empresas, voluntários, organizações não governamentais, governos e cidadãos comuns estão se unindo em um esforço coletivo para amenizar a dor dos flagelados e a tentativa de acalentar quem está em sofrimento, mas principalmente para iniciar um processo de reconstrução de vidas.

Além do apoio imediato para salvar vidas humanas, é fundamental pensarmos na recuperação econômica do estado, especialmente dos pequenos negócios e empreendedores que são a espinha dorsal de nossas comunidades. Talvez as consequências desta nefasta tragédia se estendam por mais de uma década.

Então iniciativas como campanhas de “Compre Local, “Compre no RS“, “Invista no RS”, incentivos fiscais temporários e linhas de crédito especiais podem ser cruciais para ajudar esses empreendimentos a se reerguerem. É vital que as políticas públicas e as ações privadas se alinhem para apoiar a revitalização das fábricas, do comércio e dos serviços locais.

Todos os brasileiros podem contribuir para essa recuperação, estando ou não dentro do nosso território. Seja optando ou acrescentando, em suas listas de necessidades, mais produtos e serviços dos empreendimentos e negócios gaúchos, seja participando de fundos de apoio e financiamento coletivo. Há muitas formas de ajudar. A solidariedade não conhece fronteiras e, neste momento, toda ajuda é bem-vinda e necessária para milhões de famílias gaúchas.

Além disso, neste momento crítico, também é essencial que mantenhamos o foco na prevenção para o futuro, aprendendo com as lições desta tragédia: Investimentos em infraestrutura mais robusta, sistemas de alerta precoce, plano de resposta a catástrofes climáticas e uma educação comunitária sobre medidas de segurança preventiva podem nos ajudar a minimizar os impactos de novos desastres. Não foi o primeiro e não será o último. Precisaremos aprender com o tamanho desta dimensão trágica, sem precedentes.

Assim, enquanto trabalhamos para reconstruir o que foi perdido, devemos também fortalecer nossa capacidade de responder a desafios semelhantes quando o destino nos testar novamente.

Unidos, nossa força se multiplica e nossa capacidade de enfrentar e superar adversidades cresce exponencialmente.

Juntos, não apenas enfrentamos os desafios, mas os transformamos em oportunidades para construir um futuro mais promissor e resiliente.

A cada ação, a cada donativo, a cada gesto de apoio, estamos não só restaurando infraestruturas, mas também reafirmando nosso compromisso com valores comunitários e de cooperação de que há esperança de dias mais belos.

O nosso olhar precisa estar no futuro, mesmo que, agora, pareça impossível prevê-lo, mas a certeza de que nossa união nos permitirá emergir ainda mais fortes e preparados para qualquer outra adversidade, preservando a rica herança cultural que nos define e inspira.

Foto de Daniel Souza da Bandeira do Estado do RS retirada da enchente de 2024

2 Comentários

  • Mauricio Valadares disse:

    Reges, parabéns pela matéria. O Rio Grande saberá se RECONSTRUIR AINDA MELHOR E MAIS SEGURO, fundamentalmente. Estamos Solidários, Atentos e Esperançosos. Nosso Abraço.
    Maurício Valadares.

  • Simone Rapone disse:

    Reges, parabéns pelo artigo, sempre muito atento e sensivel ao cenário, que hoje está nosso RS. Atitudes como essas contagiam e dão ânimo para prosseguirmos.
    Grande abraço.
    Simone Rapone

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Reges Bronzatti

Gerador de Valor para Negócios com Tecnologia. Apaixonado por Gestão, Inovação, Direito Digital, Privacidade e Empreendedorismo. Advogado. Mestre em Ciência da Computação. Conselheiro Empresarial.