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Hoje acordei e decidi escrever. Sempre tive medo de traduzir meus pensamentos mais internos em palavras. Uma coisa é você pensar e deixar lá, guardadinho onde ninguém pode julgar ou opinar sobre. Outra é você se arriscar e ter a coragem de expressar a si mesmo, quem você é, onde está, suas inquietudes e oportunidades de ajustes e melhorias.

Tornar isto público é um ato de coragem, mas que ajuda a materializar os caminhos a seguir na nova jornada.

De fato, há algum tempo venho pensando no contexto que estamos vivendo e como ele afeta nosso interior. 

Estamos em abril do ano de 2020, vivendo uma pandemia mundial. Inusitado, não? Sabe aquelas séries e documentários que só víamos na Netflix? Pois é, basta você sair na rua para sentir que entrou em uma destas produções malucas e inacreditáveis, que parecem não ter fim. Só que você faz parte do enredo.

O primeiro caso de Coronavirus Covid-19 foi relatado no final de 2019 em Wuhan – China. Rapidamente espalhou-se pelo mundo deixando diversas potencias de joelhos diante do invisível. O medo instaurou-se para a grande maioria, como uma tempestade de inverno que sabemos quando começa, mas não vemos no horizonte seu fim.

Estamos falando de uma doença que inicia com inflamações nas mucosas das vias aéreas respiratórias superiores, ou seja, garganta e nariz. Logo, se espalha e deixa o seu hospedeiro com dificuldades de respirar.

Não sei como esta por aí, onde você mora. Mas na minha cidade ainda as ruas estão cheias, farmácias, supermercados, padarias da mesma forma. As crianças continuam jogando bola na frente de casa e os familiares sentados em suas cadeiras de praia conversam com os vizinhos como se estivesse tudo bem.

Complexo isto, especialmente se analisarmos somente o que nossos olhos alcançam a olho nu, está tudo bem, a natureza continua linda e exuberante. O sol brilha, faz calor, há dias que esfria e chove, a parte tangível está inabalada.

Mas é onde os nossos olhos não enxergam que mora o perigo. Seja para um vírus ou aqueles sentimentos adormecidos. 

O COVID 19 está aí, “em cima da mesa” e cá entre nós vai demorar para retomarmos nossa rotina. Nada mais será como antes. Não tenho sombra de dúvidas que estamos tendo a oportunidade de aprender uma nova forma de nos relacionar, de estar perto de quem amamos, de estudar, de usar a tecnologia, de nos conhecer sem filtros, de reaprendermos a forma de viver e ser.

Mas sobretudo, estamos sendo convocados a lidar com o nosso barulho, com o nosso interno. Sim, porque até hoje muitos de nós passam dias, semanas, meses e até anos evitando pensar em algumas coisas que estão dentro daquela caixinha lá no fundo da nossa alma.

Só que agora, meu amigo, a vida nos colocou em uma condição chamada isolamento com tudo isto teimando em ficar em nossos pensamentos, na nossa frente.

Podemos até disfarçar nas primeiras semanas, mas depois não cabe outra escolha que não seja ver, entender e procurar resolver tudo aquilo que estávamos postergando.

Como sairemos de tudo isso? Depende de cada um de nós.

Vou contar como eu escolho sair. Eu escolho sair ressignificada. Com novos hábitos, novos propósitos, novas respostas para aquelas perguntas antigas, um novo jeito de me amar e de me cuidar, de ser e de buscar felicidade.

Estou falando de uma construção e, como tal, envolve mudanças e ajustes geram desconforto. Sabe aquele desconforto que te faz lembrar que estamos vivos? É ele que me refiro aqui.

No final teremos duas opções. Abrir a caixa de pandora escondida em nossa alma ou deixar ela ali pegando pó por mais um tempo e ficando onde estamos. Não tem receita mágica, a decisão é binária e está diretamente ligada ao momento espiritual e de vida em que cada um de nós se encontra.

Então como sairemos desta super produção cinema que estamos vivendo é uma escolha que cabe a cada um, frente a seu caminho e sua jornada. 

Desejo que todos, ao final, tenham saúde física, emocional e mental e que se proponha a ser quem pode ser. De verdade. Que possamos fazer a nossa parte frente ao invisível, protegendo o próximo e a nós mesmos e que este sentido de fraternidade nos permita avançar como até então não conseguimos.

Costumo acreditar que por trás de cada situação que passamos existem coisas que devemos aprender.

Que não percamos esta chance única que estamos recebendo. Porque sim, é uma chance espetacular de nos ressignificar, sermos de verdade quem queremos e podemos ser. Nós somos nosso próprio adversário aqui. Portanto, esteja aberto a mergulhar em mares desconhecidos e transformar-se de verdade.

Enfrente-se! Resolva tudo aquilo que você vinha deixando para amanhã.E com isto, transforme um momento desafiador e complicado , em algo que lhe permita conquistar quem você idealiza ser.

É a hora de lavar não só as mãos mas, olhar para dentro e lavar e reprincipiar o novo eu que podemos construir em cada um de nós.

Eu vou! E você?

5 Comentários

  • Marcelo Moretto disse:

    Gostei muito, pois é uma situação única, uma oportunidade que devemos aproveitar.
    Olhar pra dentro nos faz crescer, quando somos seres de luz. Os que não são, enxergarão apenas um vazio por dentro, escuro, e terá sido tempo perdido.
    Que nosso novo eu seja mais bonito (por dentro) e nos faça estar em paz, por sermos quem deveríamos ser…

  • César Leite disse:

    Parabéns Fernanda , um ótimo artigo inicial
    Que seja o primeiro de muitos 😀

  • Marcos Nunes disse:

    Parabéns pelo artigo, Fernanda.
    Decisões importantes sempre estarão em nossas mãos.
    Sucesso.

  • Daniela disse:

    Um belo artigo, cheio de verdade e inspiração… Que possamos aprender as lições para nos tornarmos melhores pra nós, pros outros e para a VIDA!

  • Andrea disse:

    Sensacional! Parabéns pela coragem e sinceridade.

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Fernanda Moreira

Gestora de negócios e produtos do Grupo Processor. Pensadora convidada do Dynamic Mindset. Nascida no Rio Grande do Sul, graduada em Gestão de Recursos Humanos pela Laureate International Universities. Com 6 anos de experiência em gestão de pessoas, comunicativa e mente inquieta.