Todos nós sabemos o quanto algumas palavras se mantêm na moda e as que mais tenho ouvido, na última década, tem sido: evolução, inovação, criatividade e disrupção. Fico me perguntando o que realmente queremos com o uso dessas palavras? Buscamos a evolução para o desenvolvimento e aperfeiçoamento do conhecimento? A inovação, como novidade? A criatividade, como qualidade? A disrupção como a interrupção do curso de um processo, visando à melhoria? Enfim, estariam estas sujeitas ao efêmero?
Parece-me que as mudanças significativas, as que realmente fazem a diferença, são as mais difíceis e trabalhosas porque estão no nosso nível interno de desenvolvimento. Somos criativos externamente e usamos ferramentas de gestão como mecanismos que, talvez, venham a ser substituídos brevemente.
Desde a época dos pensadores gregos, e também em todas as tradições culturais milenares, os valores internos sempre foram exaltados. Portanto, em nosso íntimo, temos algo que “não sai da moda”, algo que também é reconhecido e denominado como VALORES UNIVERSAIS, tais como ética, moral, respeito, honestidade, generosidade, amor, paz, solidariedade, liberdade e justiça.
Vejamos, como exemplo, as empresas que se preocupam em oferecer produtos de procedências confiáveis. Estas, evidentemente, estão dentro da lógica do valor RESPEITO ao cliente, e mantendo este com o direito de usar a sua LIBERDADE de escolha pela marca desejada.
Na política, quando usado o valor da ÉTICA, tal atitude submete os processos à evolução gradual de eficientes parâmetros sociais, econômicos e políticos de uma população, sem necessidade de revolução traumática, porque as mudanças são alcançadas sem violência, através de reformas e, portanto, com o viés da PAZ.
Atualmente, ser criativo, “think outside the box” (pensar fora da caixa), é ser original. Trata-se de não seguir as normas pré-estabelecidas e de não repetir o que já foi feito milhares de vezes e que, embora possa ter trazido resultados para o bem de todos, restringem-se a determinados limites. Será que isso é, puramente, criatividade? Na verdade, aqueles que estão, não apenas intelectualmente, mas emocional e espiritualmente presentes nas relações humanas e negociais se tornam mais aptos e capazes de atuar no campo da realidade, por que se põem em movimento. O filósofo e educador Rudolf Steiner (1861-1925) dizia: “não posso esperar que algo mude lá fora na vida social se eu mesmo não me puser em movimento”.
Portanto, é imprescindível não confundirmos e nem esperarmos que apenas ferramentas ou instrumentos de gestão mudem realidades que não gostamos. As mudanças, as inovações em uma sociedade, começam dentro das pessoas e acontecem pela prática permanente dos VALORES UNIVERSAIS. São esses movimentos internos que efetivamente levam à evolução.
Agora, eu deixo para você que acompanhou essa leitura até aqui, que responda qual o significado dessa reflexão, e como você une VALORES a tudo o que você pratica, em todos os momentos de sua vida.
Pergunte a você mesmo: eu SOU Valores ou eu TENHO Valores? Você percebe a diferença? Qual é a diferença para você? Se quiseres compartilhar comigo, ficarei muito honrada.
Meu abraço.
Uma belíssima estreia neste espaço
Olá, Maria Elena, tudo bem? Prazer, meu nome é Maria Eduarda Lovato. Achei seu texto maravilhoso e adorei à reflexão que você propôs. Obrigada por compartilhar conosco. Abraços!!
Eu Sou valores eu naturalmente os pratico eu Tenho valores eu posso praticá-los ou não …
Eu Sou é diferente de eu tenho …
Eu Sou é natural e expontâneo , eu tenho pode ser uma escolha ou oportunidade …
Eu sou valores e tenho valores!
Matematicamente não saberia precisar o percentual exato mas diria que 80% de mim, sou valores e 20% , adoto valores de mercado que me são convenientes para viver num mundo com uma lógica próxima do que acredito.
Num mundo polarizado até a noção de valor pode se tornar fluida pois , o certo e o errado depende dos sistemas cujos polos se assentam.
Para mim a tendência do momento é o movimento internacional das polaridades e nesse sentido, se o seu valor está alinhado ou não com aquela polaridade determina se o indivíduo se adere a um determinado sistema ou a outro.
Na perspectiva pós-moderna da liquidez de Bauman, o valor antropológico “greco-romano”, que por muitas vezes lastreou o sentido de ética e que fora defendido pelas sociedades modernas, a depender do contexto atual e do sistema em que o indivíduo se encontra, pode lhe ser producente ou contraproducente, seguro ou inseguro, pode ser considerado elevado ou até desumanizado como um antivalor!
Valores: Ao nascer somos um arquivo vazio e aos poucos recebendo influências boas ou más, construímos nosso mindset e nossa personalidade com valores bons ou maus ao longo do tempo. A essência do Ser é a mesma para todos todavia ao correr da Vida, a existência adquire os padrões morais e forma a personalidade do ser, portanto o Ser são os seus valores. Parabéns MEJ
EVOLUÇÃO:: É a base para o desenvolvimento da humanidade, A consciência mental, racional, tem evoluído através da lógica, do ensino, enfim, da educação. A consciência emocional segue padrões instintivos como fome, medo, raiva mas é refreada pelas regras e leis. A consciência Espiritual, apanágio dos Humanos, tem espaço imenso para expandir-se mas está travada. Aplausos MEJ
CRIATIVIDADE: Apenas mentes brilhantes criam ideias, objetos, arte. A matéria não se cria mas se transforma. Nada é feito do nada e uma vez formado não retorna mais ao nada, mas no mundo das ideias a criação é permanente, assim como no mundo das artes. Na vida, os médicos não a criam mas podem evitar a Morte. Assunto importante trazido à apreciação por MEJ