Sempre achei geniais as pessoas que conseguem identificar, sintetizar, simplificar, enfim, fazer o que deve ser feito, e ponto final. Vitor Bertoncini, uma das cabeças mais inteligentes e interessantes do país, traz em recente artigo uma provocação incrível, fruto de uma palestra do Professor Falconi: “todo gap de desempenho é um gap de conhecimento”. Sim, existe uma íntima relação entre “bater uma meta e conhecimento”. No final do dia, tudo é estratégico. Pense muito, troque ideias, considere, mas, quando for fazer, faça para chegar ao resultado desejado. O não dar certo aterroriza 10 entre 10, pega todos: CEOs, empresários, governantes, profissionais, políticos, médicos, engenheiros, você, e eu. Todos queremos “bater a meta”, seja ela qual for; somos desafiados 24/7 pelos nossos sonhos grandes (e grandiosas ideias). Pense na tensão e no tesão da turma das startups, afinal, ser bilionário é sonho coletivo. Pense no tamanho do desejo de querer ser alguém nesse imenso céu de estrelas radiantes.
Na Coreia do Sul, o conhecimento é a causa, bater a meta, a consequência. A turma lá já se deu conta de que trabalhar em função do resultado é a base para o foguete chegar aonde se espera. Quem sabe, faz; quem não sabe, pede tempo para resolver, enrola e não resolve. Você já percebeu a importância do “molho” na cozinha? Um molho deixa tudo mais delicioso; na última linha, aumenta o desejo. Você deve estar pensando: mas, afinal, o que molho e conhecimento têm a ver? Tudo! Quando você coloca o molho na quantidade certa, a maionese fica mais gostosa, o mesmo vale para o spaghetti, e por aí vai. Já vi tantos pratos deliciosos serem mal pontuados porque eram secos demais. O contrário também atrapalha: quando o cozinheiro exagera no molho, não se chega ao resultado desejado. Captou?
O conhecimento, quando é além do ponto, torna tudo inviável. Quando você quer entregar muito, exagerando nos detalhes, o seu negócio perde a viabilidade. Conhecimento exagerado também derruba foguetes. Chega uma hora que você tem que saber o que é essencial; o resto, descarte. Não dá para perder o sentido, daí a importância da “estrela do norte”. Mais um conceito maravilhoso com o qual Vitor nos brinda em seu texto. “Para quem não conhece o termo, trata-se de um estado final que se deseja chegar. Esse método é muito usado em desenvolvimento de produtos”. Um direcional, identificado a partir de um íntimo mergulho naquilo que constrói a percepção do consumidor. A estrela pontua os atributos a serem mantidos no radar.
“A definição da Estrela do Norte é essencial. Ao saber o foco claro da empresa em relação à inovação, todos os funcionários, fornecedores e parceiros passam a ‘treinar o olhar’ para possíveis evoluções neste atributo específico, e as ideias começam a fluir de todos os lados, sempre na mesma direção. A marca ganha potência”. Com certeza, você vai prestar mais atenção quando as coisas não derem certo na cozinha e no seu negócio. Saber o ponto de parar, muitas vezes é o que distingue o sucesso do fracasso.
Parabéns João