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Desde os primeiros passos na criação de sistemas computacionais inteligentes, a inteligência artificial (IA) evoluiu para se tornar um dos pilares da transformação digital, impactando todas as indústrias e redefinindo como interagimos com a tecnologia. Um marco significativo foi o advento da IA generativa em 2022, que democratizou o uso de modelos complexos, tornando-os acessíveis para milhões de usuários ao redor do mundo. Mais do que uma ferramenta, a IA se tornou um fenômeno cultural e econômico, gerando discussões sobre ética, impacto social e, especialmente, sobre como decifrar seu intrincado vocabulário.

Essa complexidade do vocabulário da IA começa com conceitos como raciocínio e planejamento, características que diferenciam os sistemas de inteligência artificial mais avançados. Eles não apenas analisam dados históricos, mas também utilizam esses padrões para resolver problemas e organizar ações, simulando um comportamento quase humano. Essa capacidade de traçar objetivos claros e criar planos para alcançá-los transforma a IA em uma ferramenta poderosa para lidar com tarefas complexas, desde organizar uma viagem até otimizar operações empresariais. Imagine planejar uma viagem a um parque temático com a ajuda de um sistema que organiza cada etapa de forma otimizada – desde o momento ideal para a montanha-russa até o melhor horário para as atrações aquáticas.

Outro aspecto fundamental é o processo de treinamento e inferência, que explica como os sistemas de IA aprendem e aplicam o conhecimento. Durante o treinamento, os modelos ajustam parâmetros internos a partir de vastas quantidades de dados, preparando-se para fazer previsões ou executar tarefas específicas. Já na etapa de inferência, esses padrões aprendidos são colocados em prática para responder a novos desafios, como prever tendências de mercado ou identificar padrões em grandes volumes de dados. Por exemplo, em mercados imobiliários, a IA pode prever preços com base em dados históricos, ajustando continuamente seus parâmetros para maior precisão.

Porém, mesmo os modelos mais sofisticados, como os modelos de linguagem grande (LLMs), enfrentam desafios. Um deles é o fenômeno das alucinações, em que os sistemas geram respostas factualmente incorretas ou inconsistentes. Para mitigar esse problema, os desenvolvedores utilizam técnicas como o aterramento, conectando os modelos a fontes confiáveis e atualizadas de dados, garantindo maior precisão e relevância nas respostas.

Uma dessas técnicas é a Geração Aumentada de Recuperação (RAG), que permite que os sistemas de IA acessem informações externas sem a necessidade de reentreinamento. Essa abordagem otimiza o desempenho, possibilitando a personalização de respostas e agilizando processos como suporte ao cliente ou consulta a bases de dados específicas, tudo em tempo real. Imagine um chatbot de e-commerce consultando diretamente o catálogo de produtos para recomendar itens específicos – uma aplicação prática de RAG.

Para coordenar essa complexidade, entra em cena a orquestração, responsável por organizar as tarefas internas dos modelos de IA. Além disso, os sistemas modernos simulam uma memória, permitindo que eles lembrem temporariamente de interações anteriores para melhorar a fluidez do diálogo e a contextualização das respostas.

Essa evolução tecnológica foi impulsionada por avanços nos modelos de transformadores, que revolucionaram o processamento de linguagem natural ao compreender melhor o contexto e prever sequências de texto com precisão. Para aplicações visuais, os modelos de difusão são um destaque, criando imagens a partir de descrições textuais de maneira inovadora e eficiente.

Por trás desses modelos, estão as GPUs, componentes essenciais que proporcionam o poder computacional necessário para treinar sistemas de IA em larga escala. Em paralelo, os modelos de fronteira representam a vanguarda da inteligência artificial, estabelecendo novos padrões de capacidade e complexidade, enquanto promovem discussões sobre segurança e ética.

A inteligência artificial não é apenas uma evolução tecnológica; é uma revolução que redefine os paradigmas de como vivemos, trabalhamos e inovamos. Com um vocabulário em constante expansão e capacidades cada vez mais disruptivas, a IA emerge como o motor de uma transformação global sem precedentes. Entender esses conceitos vai além de um exercício intelectual – é um passo essencial para navegar em um mundo onde a linha entre o possível e o inimaginável está sendo constantemente redesenhada. Este é o momento de liderar essa transformação, de explorar os horizontes da IA não apenas como espectadores, mas como protagonistas de uma nova era tecnológica que está moldando o futuro da humanidade.

Referências Bibliográficas utilizadas

  • Brown, T., et al. (2020). Language Models are Few-Shot Learners. OpenAI.
  • Microsoft AI Blog. (2023). Advancements in Generative AI and Responsible AI Practices.
  • NVIDIA. (2022). The Role of GPUs in AI Innovation.
  • Frontier Model Forum. (2023). Guidelines for Frontier AI Models Development.

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Pedro Bocchese

Head de Inovação das Empresas Processor. Possui Pós-Doutorado em Administração de Empresas com pesquisas na área da Teoria Ator Rede. Doutor em Ciências da Linguagem pela UNISUL realizando pesquisa na área de algoritmos do buscador Hummingbird do Google e seu processo de personalização através do conceito The Filter Bubble. Mestre em Gestão de Políticas Públicas pela Univali onde apresentou como defesa de sua dissertação um modelo de Conversão de Metodologias de Cálculo de Valores Venais para municípios. Pós graduado em Engenharia de Software, MBA em Sistemas de Informação e Maçonologia: História e Filosofia; Pós graduando em Data Analytics; MBA em Master Digital & Metaverso. Graduado em Administração de Empresas e Análise/Desenvolvimento de Sistemas; Possui mais de 25 anos de experiência na área de desenvolvimento de software e análise de dados e mais de 20 anos em docência para cursos de graduação e pós-graduação.