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hí·bri·do

(latim hibrida, -ae, animal resultante do
cruzamento de espécies)
adjectivo 
1. Diz-se de ou animal proveniente de duas espécies diferentes (ex.: o mulo é animal híbrido).
2.
Que ou o que tem elementos diferentes na sua composição.
3.
[Gramática]  Diz-se de ou composto de elementos de
diferentes línguas.
4.
[Automóvel]  Que ou o que utiliza mais do que uma fonte de
energia para o seu funcionamento (ex.: automóvel
híbrido; um híbrido associa dois motores).
adjectivo
5.
Contrário às leis da Natureza.

Talvez hoje a palavra híbrido esteja mais associada ao trabalho resultante de dois formatos de colaboração profissional: presencial e remoto.

Muito tem sido feito em consultorias, desde o início da pandemia, desenvolvendo treinamentos e experts na área. Muito temos aprendido, errado, experimentado e opinado. Na escala do trabalho híbrido navegamos desde o “velho” Office First, até o ideal para muitos, que seria o totalmente remoto.

É muito importante lembrar que o mais desejado hoje, pela maioria dos colaboradores que trabalham em funções que podem ser feitas virtualmente, é o poder de escolha.

O maior risco das organizações é a retenção de talentos. Uma das maiores vantagens da contratação de talentos remotos, é poder recrutar profissionais dos melhores, sem a necessidade que estejam alocados na mesma cidade. A mesma vantagem se converte em desvantagem no caso da organização não apresentar a possibilidade de escolha a seus funcionários.

Jorge Paulo Lemann avalia os modelos remotos e híbridos e brinca que funcionam para ele. O novo bilionário brasileiro Henrique Dubugras, também defende o trabalho remoto, e ambos chamam a atenção para algumas das dificuldades de incorporação de jovens profissionais às empresas.

Por um lado, a contratação remota facilita a incorporação de talentos, por outro, existe um grande desafio no treinamento dos jovens profissionais.

Estamos perante um desafio híbrido que abarca muito além da combinação de trabalho presencial com remoto. Existe a necessidade de entender as estruturas e desafios híbridos de hoje em dia, muito além  da localização geográfica. Existem hoje inúmeros conflitos provenientes das diferenças geracionais.

E como se os desafios geracionais e geográficos não fossem poucos, não podemos deixar de incluir na lista de variantes híbridas, as diferenças culturais.

Quando falamos de cultura no ambiente profissional, nos referimos a um conjunto comum de comportamentos. Dentro dos comportamentos, um dos maiores desafios é a comunicação, que também varia de acordo com a língua falada na organização, e a língua materna do profissional e os meios que ela acontece (síncrono, assíncrono, escrito, falado, videoconferência, etc)

Estamos perante uma incitação muito maior do que entendemos como trabalho híbrido. É muito importante ampliar nossa ideia de dificuldade em relação a esta nova modalidade de trabalho.

Remoto? Presencial? Os dois?

Basicamente, quando abraçamos a noção do ampliar as fronteiras geográficas da nossa carreira ou organização, é fundamental considerar as diferenças:

  • Geracionais
  • Geográficas
  • Fuso horário
  • Culturais (intra e inter corporacionais)
  • Linguístico – comunicacionais

A falta de tais considerações traz uma série de problemas complexos a resolver. E não há consultor, facilitador ou “new” hybrid expert que resolva. Principalmente, se não começa pela noção fundamental e primordial, que as diferenças (culturais, geracionais, etc) tendem só a agregar em produtividade e inovação em quase todo tipo de organização.

Comece por desenvolver o Mindset (seu, da equipe ou empresa), compreenda a importância de consultores e facilitadores (externos ou internos) que desenvolvam mecanismos de união e comunicação entre as diferenças. Destaque o valor de cada geração, de cada cultura, para agregar a seu produto ou serviço.

Não se trata apenas de trabalhar de qualquer lugar, trabalhar de bermuda e havaianas, na praia ou viajando. Porque não vamos conseguir nos adaptar a nenhuma mudança, sem compreender a pluralidade concreta que vem junto com ela. O trabalho híbrido, no sentido amplo, está acontecendo. Você precisará se atualizar, e rápido.

Os autores dos artigos, vídeos e podcasts assumem inteira responsabilidade pelo conteúdo de sua autoria. A opinião destes não necessariamente expressa a linha editorial e a visão do Instituto Dynamic Mindset.

Cris Ljungmann

Minha missão é aprimoramento e performance profissional, para levar ao máximo o equilíbrio da vida com o trabalho. Especialista em trabalho Remoto e Híbrido, com mais de 20 anos de experiência em treinamentos e gestão. Abordagem com ênfase na mudança e aprimoramento de mindset, metodologias ágeis, utilizando tecnologias de ponta, sem descuidar a inteligência emocional, a comunicação e com forte influência nas áreas sociais e culturais. Antropóloga pela Universidade de Buenos Aires (UBA), Coach Executivo e Pessoal pela Sociedade Brasileira de Coaching (SBC) e professora da Universidade de Cambridge. Sócia da Dynamic Mindset, fundadora da Viver para Ser, diretora executiva do Agile Institute Brasil. Cris fornece serviços de consultoria, Coaching & Mentoring, e treinamentos de liderança e performance com profissionais e empresas que estejam na procura de mudança contínua e exponencial. Praticante de esporte aventura, amante da natureza, fotógrafa e escritora.

3 Comentários

  • Marcos Nunes disse:

    Fiquei um tempo, antes de começcar a escrever, lembrando da minha jornada de mudanças profissionais, dentro e fora do Brasil. E como a capacidade de adaptação foi a peça chave para minha performance.
    Saber a importância dessa necessidade de tranformação é fundamental . Mas a capacidade de comunicação e adaptação cultural, com certeza, transformarão qualquer realidade, pessoal e profissional, em um jornada mais feliz.

    Excelente reflexão/provocação.
    Obrigado.

  • Cris disse:

    Muito obrigada pelo comentário, Marcos.
    Vemos diariamente tantas dificuldades com o trabalho híbrido, certo? Acredito que é justamente isto, está faltando entender e aproveitar todos os outros tipos de diferenças.

    Abraço!

  • Mauricio Castelo Branco Valadares disse:

    É o que sempre chamei, essa nova época, de Anormal Criativo e não de Novo Normal. Inovar é enfrentar desafios, principalmente aqueles que se referem aos nossos colaboradores ou parceiros internos do negócio.

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