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O fenômeno do “GAP ESTRATÉGICO” tem sido responsável por sabotar o sucesso de até 90% das estratégias de negócio elaboradas, gerando uma frustrante discrepância entre as intenções estratégicas e os resultados efetivamente alcançados.

O “gap estratégico” caracteriza-se pela discrepância que frequentemente emerge entre a elaboração de uma estratégia empresarial e sua subsequente execução. Tal desalinhamento é uma realidade recorrente em grande parte das organizações, independentemente do seu tamanho, maturidade ou segmento de atuação.

O cerne deste descompasso, o desalinhamento em si, gera impactos negativos na performance e eficácia organizacional. Esse cenário fomenta ambiguidades, conflitos, desperdícios e um estado de “caos” organizacional, caracterizado por trocas constantes de prioridades, urgências generalizadas, acúmulo de demandas, sobrecarga de pessoas e equipes, além da proliferação desenfreada de projetos e iniciativas. Esta avalanche culmina em resultados fragmentados, descompassados e insuficientes.

Contudo, é notório que nenhuma organização dispõe de todos os recursos e talentos requeridos para implementar cada uma de suas aspirações de imediato. O segredo, portanto, reside em uma estratégia de planejamento e coordenação minuciosa, capaz de harmonizar as demandas estratégicas com a capacidade real de implementação.

Dentro de uma organização, equipes e indivíduos operam para atender duas dimensões distintas: a estratégica e a operacional. A primeira está vinculada aos interesses do negócio, seus investidores e acionistas, podendo, em alguns casos, considerar os clientes e o mercado.

A segunda se concentra nas demandas diretas dos clientes e mercados nos quais a organização atua, tornando-se o meio pelo qual se tangibiliza os resultados estratégicos.

No entanto, a ausência de um mínimo alinhamento entre estas dimensões compromete sobremaneira a entrega de resultados. Considerando que é impraticável abordar todas as metas simultaneamente, a questão central é: como identificar e priorizar o que é verdadeiramente crucial? Como balancear as demandas estratégicas com as operacionais, sem sobrecarregar a capacidade de execução?

A resposta reside na dimensão tática, fundamental para planejar, organizar, priorizar e alinhar a execução estratégica e operacional. Esta dimensão, por sua vez, é responsável por coordenar a implementação de projetos e iniciativas, frequentemente envolvendo diversas equipes e setores.

Partindo de uma visão e objetivos estratégicos claros, compartilhados por toda a organização, a dimensão táctica assume a tarefa de identificar, alinhar e coordenar o trabalho das equipes, priorizando aqueles projetos que maximizam o impacto no negócio, minimizando tempo e esforço.

Para alcançar essa façanha, a dimensão tática analisa o potencial de cada projeto em contribuir com a estratégia do negócio e assegura que a execução esteja em conformidade com as equipes, respeitando suas capacidades já comprometidas com demandas consideradas “operacionais”, centradas na geração de valor para os clientes.

Para sustentar esta dinâmica de forma contínua, é vital estabelecer ciclos de alinhamento estratégico, tático e operacional, permitindo avaliações e ajustes de acordo com os resultados obtidos.

Estes ciclos conferem à organização adaptabilidade e evolução nas três dimensões: estratégica, tática e operacional. O foco é intensificado, a harmonia é fortalecida e a entrega de resultados torna-se mais consistente, direcionando as pessoas e equipes para o que realmente importa.

Os autores dos artigos, vídeos e podcasts assumem inteira responsabilidade pelo conteúdo de sua autoria. A opinião destes não necessariamente expressa a linha editorial e a visão do Instituto Dynamic Mindset.

Andy Barbosa

Com mais de 30 anos de experiência profissional, Andy Barbosa é especialista em liderança, gestão e estratégia de negócios. Fundador do AIB Institute, é autor de várias obras e livros, palestrante e treinador habilidoso. Atua como conselheiro organizacional e estrategista de carreiras e negócios. Movido pela inovação e entusiasmo, tem como missão impactar e transformar negócios, carreiras e vidas, por meio do conhecimento, tecnologia e trabalhabilidade.

3 Comentários

  • Maurício Castelo Branco Valadares disse:

    Dizer que na dimensão Estratégica pode-se levar em conta, em alguns casos, clientes e mercados é grossa falha de visão Estratégica.

    • Andy Barbosa disse:

      Realmente Maurício, e é justamente o que grande parte das organizações negligencia. Suas estratégias tem um falso “foco no cliente”. Tudo vai depender da pressão e interesse dos acionistas e investidores. Uma estratégia de negócios que desconsidera isso, é um prenúncio do fracasso.

      Um abraço!

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