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Como reagiremos à partida de empresas do Brasil?

Por Daniel Santoro, presidente do Conselho de Administração da ONG Parceiros Voluntários

A saída da Ford do Brasil ocasionará importantes perdas econômicas, sociais e reputacionais para o país. O momento não poderia ser pior, já que ainda vivemos a crise causada pela pandemia e, apesar das vacinas que surgem, ainda não temos no horizonte uma resolução clara desses problemas. Aliado ao contexto de restrição fiscal das contas públicas, o que dificulta a manutenção dos auxílios emergenciais, vemos famílias que perderam seus meios de subsistência e sentem diretamente as consequências de todo este espiral de infortúnios.

Contudo, essa situação é uma oportunidade de pensarmos nas empresas que insistem em investir, gerar trabalho e renda para nossas comunidades. O país perdeu a Ford, mas contamos com inúmeras empresas e empresários que lutam para manter e crescer seus negócios no Brasil movimentando todo ecossistema econômico, social e cultural nas comunidades em que operam.

Esse cenário nos proporciona a chance de refletirmos sobre como valorizamos mais uma empresa na hora do anúncio de sua saída de uma comunidade do que durante sua história de permanência nela. Afinal, é na continuidade que a empresa tem a chance de realizar todo o seu potencial, inclusive desenvolvendo ações que coloquem em prática o conceito ESG (Environmental, Social and Governance), adotado no mercado de capitais global. A prática empresarial do ESG amplia o comprometimento das organizações com todos os seus públicos, fazendo-as tomar medidas referentes ao seu impacto ambiental, social e criando mecanismos de boa governança.

Da mesma maneira que as empresas precisam atender aos interesses de suas comunidades, é hora destas mesmas comunidades acolherem e reconhecerem o valor do empreendedorismo e das empresas, de todos os portes, como agentes protagonistas na geração de riqueza. Precisamos de forma assertiva e não demagógica compreender que todos fazemos parte do mesmo sistema. Um não sobrevive sem o outro.

Assim, poderemos vencer os gigantescos desafios que teremos pela frente. Juntos, somente juntos, iremos superar esse difícil tempo que vivemos.

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Daniel Santoro

Daniel Santoro é Conselheiro de Administração, certificado pela Harvard Business School e pelo IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) como CCA+. Com formação em Engenharia Agrícola, Santoro possui pós-graduações em Marketing pela ESPM e Business Administration pela UC Berkeley. Empreendedor e líder estratégico, é sócio fundador da Santoro & Partners Consultoria, da Futuro em Família Governança Integrada e da Casco Blindagens Especiais. Além disso, atua como Conselheiro de Administração da Procergs e Presidente do Conselho Consultivo da Dagnese Soluções Metálicas, além de integrar o Conselho Consultivo da UniRitter/Grupo Ânima de Educação. Santoro desempenha um papel ativo no setor público e no terceiro setor como Conselheiro e Coordenador do Comitê de Governança do Conselho de Desburocratização e Empreendedorismo do Rio Grande do Sul e como Vice-Presidente do Transforma RS. No âmbito social, é Conselheiro Deliberativo da ONG Parceiros Voluntários e membro do Conselho Superior da ADVB/RS, organizações que já presidiu. Também faz parte da Associação Hospitalar Moinhos de Vento e é membro do Comitê de Conselhos de Administração do IBGC, onde coordena o Capítulo do RS. Com vasta experiência executiva, foi sócio-diretor do Grupo Dado Bier, atuando por mais de 20 anos nos setores de bebidas, restaurantes e entretenimento.