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No dia 16 de janeiro de 2024, a cidade de Porto Alegre, no Sul do Brasil, foi devastada por um temporal com rajadas de vento atingindo velocidades de 107 km/h em um período de 15 minutos a meia hora.

Embora o Rio Grande do Sul tenha experimentado 9 ciclones em 2023, o caos desencadeado em 16 de janeiro de 2024 foi ainda mais catastrófico, deixando um rastro de desolação, medo e incerteza junto à falta de luz, água e bloqueios por vários dias.

Os ciclones extratropicais no sul do Brasil, surgem do contraste de temperaturas entre massas de ar quente e frio na região. O ar frio vem da Argentina e do Uruguai, enquanto o ar quente e úmido é empurrado do alto do continente pelo fenômeno El Niño.

De acordo com o meteorologista Marcelo Schneider, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o contraste térmico entre o Sul do Brasil e a Região Central, combinado com o El Niño, tem sido responsável por chuvas intensas e a formação de ciclones.

Um artigo do The Economist intitulado “El Niño e o aquecimento global estão se misturando de forma alarmante” explica como o fenômeno El Niño se origina da interação entre ventos alísios e o oceano Pacífico, resultando em mudanças climáticas significativas. O aquecimento da superfície do Pacífico tropical, devido ao aumento da temperatura global, tem impactos globais, aumentando a evaporação e alimentando tempestades tropicais.

Pesquisas recentes, como o estudo da Universidade de Yale, sugerem que o aquecimento global tem contribuído para a frequência e intensidade crescentes dos fenômenos de El Niño desde a década de 1970. O estudo ainda aponta ao fato que até 50 anos atrás, irradiâncias solares eram um fator importante na formação do fenômeno, porém a partir da década de ‘70, os fatores são atribuídos principalmente às alterações climáticas provocadas pelo homem.

No entanto, embora o El Niño seja uma peça crucial no quebra-cabeça das mudanças climáticas, não podemos ignorar o papel das atividades humanas.

Enquanto espantados pelos impactos do El Niño, a literatura científica vem nos alertando que as emissões de gases do efeito estufa, como dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2H) e outros gases produzidos pela atividade humana, como queima de combustíveis fósseis, desmatamento, agricultura intensiva e criação de gado, tem mudado o curso da nossa existência no planeta que habitamos.

É alarmante perceber que, enquanto nos chocamos com os efeitos do El Niño, continuamos ignorando a realidade devastadora das mudanças climáticas e nossa responsabilidade coletiva como indivíduos, empresários, políticos e comunidades.

O ser humano é a única espécie no nosso planeta que destrói seu próprio habitat, e ainda mais com a plena consciência e capacidade de reverter. No entanto, a capacidade de reverter os impactos comletamente ficaram no passado, contudo, ainda contamos com a capacidade de diminuir os estragos e deixar um mundo melhor não só para nossos filhos, mas para nós mesmos.

Todos podem ajudar a limitar as alterações climáticas.

  • Economize energia em casa e mude a fonte de energia

Grande parte da nossa electricidade e calor é alimentada por carvão, petróleo e gás. Utilize menos energia diminuindo o aquecimento e o arrefecimento, mudando para lâmpadas LED e aparelhos eléctricos energeticamente eficientes, lavando a roupa com água fria ou pendurando coisas para secar em vez de usar uma máquina de secar.

Veja se você pode mudar para fontes renováveis, como eólica ou solar. Ou instale painéis solares no telhado para gerar energia para sua casa.

  • Caminhe, ande de bicicleta ou use transporte público e mude para um veículo elétrico

As estradas do mundo estão entupidas de veículos, a maioria deles queimando diesel ou gasolina. Caminhar ou andar de bicicleta em vez de dirigir reduzirá as emissões de gases de efeito estufa – e ajudará a sua saúde e condicionamento físico. Para distâncias maiores, considere pegar um trem ou ônibus. E carona sempre que possível.

Se você planeja comprar um carro, considere optar pela eletricidade, com mais modelos mais baratos chegando ao mercado. Mesmo que ainda funcionem com eletricidade produzida a partir de combustíveis fósseis, os carros elétricos ajudam a reduzir a poluição atmosférica e causam significativamente menos emissões de gases com efeito de estufa do que os veículos movidos a gasolina ou diesel.

  • Coma mais vegetais e jogue fora menos comida

Comer mais vegetais, frutas, grãos integrais, legumes, nozes e sementes, e menos carne e laticínios, pode reduzir significativamente o seu impacto ambiental. A produção de alimentos à base de plantas geralmente resulta em menos emissões de gases com efeito de estufa e requer menos energia, terra e água.

Quando você joga fora alimentos, você também desperdiça os recursos e a energia que foram usados para cultivá-los, produzi-los, embalá-los e transportá-los. E quando os alimentos apodrecem num aterro, produzem metano, um poderoso gás com efeito de estufa. Portanto, use o que você compra e faça a compostagem do que sobrar.

  • Considere sua viagem

Os aviões queimam grandes quantidades de combustíveis fósseis, produzindo emissões significativas de gases com efeito de estufa. Isso faz com que realizar menos voos seja uma das maneiras mais rápidas de reduzir o impacto ambiental. Quando puder, encontre-se virtualmente, pegue um trem ou pule completamente aquela viagem de longa distância.

  • Reduzir, reutilizar, reparar e reciclar

Eletrônicos, roupas e outros itens que compramos causam emissões de carbono em cada ponto da produção, desde a extração de matérias-primas até a fabricação e transporte de mercadorias para o mercado. Para proteger o nosso clima, compre menos coisas, compre em segunda mão, repare o que puder e recicle.

  • Limpe seu ambiente

Humanos, animais e plantas sofrem com a contaminação da terra e da água por lixo descartado inadequadamente. Use o que você precisa e, quando tiver que jogar algo fora, descarte-o de maneira adequada. Eduque outras pessoas para fazerem o mesmo e participem em limpezas locais de parques, rios, praias e muito mais. Todos os anos, as pessoas jogam fora 2 bilhões de toneladas de lixo. Cerca de um terço causa danos ambientais, desde o sufocamento do abastecimento de água até ao envenenamento do solo.

  • Faça seu dinheiro valer a pena

Tudo em que gastamos dinheiro afeta o planeta. Você tem o poder de escolher quais bens e serviços apoiar. Para reduzir o seu impacto ambiental, escolha produtos de empresas que utilizam os recursos de forma responsável e estão empenhadas em reduzir as suas emissões de gases e resíduos. Se tiver dinheiro investido, através de um fundo de pensões, por exemplo, pode estar apoiando combustíveis fósseis ou a desflorestação. Tenha certeza que as suas poupanças serão investidas em negócios ambientalmente sustentáveis e pode reduzir significativamente a emissão de carbono.

  • Fale, escolha os representantes certos, não permita que quem governe não priorize o meio-ambiente

Fonte: https://www.un.org/en/actnow/ten-actions#

Os autores dos artigos, vídeos e podcasts assumem inteira responsabilidade pelo conteúdo de sua autoria. A opinião destes não necessariamente expressa a linha editorial e a visão do Instituto Dynamic Mindset.

Cris Ljungmann

Minha missão é aprimoramento e performance profissional, para levar ao máximo o equilíbrio da vida com o trabalho. Especialista em trabalho Remoto e Híbrido, com mais de 20 anos de experiência em treinamentos e gestão. Abordagem com ênfase na mudança e aprimoramento de mindset, metodologias ágeis, utilizando tecnologias de ponta, sem descuidar a inteligência emocional, a comunicação e com forte influência nas áreas sociais e culturais. Antropóloga pela Universidade de Buenos Aires (UBA), Coach Executivo e Pessoal pela Sociedade Brasileira de Coaching (SBC) e professora da Universidade de Cambridge. Sócia da Dynamic Mindset, fundadora da Viver para Ser, diretora executiva do Agile Institute Brasil. Cris fornece serviços de consultoria, Coaching & Mentoring, e treinamentos de liderança e performance com profissionais e empresas que estejam na procura de mudança contínua e exponencial. Praticante de esporte aventura, amante da natureza, fotógrafa e escritora.

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