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A evolução da inteligência artificial (IA) tem sido amplamente impulsionada por duas categorias de modelos fundamentais: os discriminativos e os generativos. Essas duas abordagens estão no cerne das áreas de aprendizado de máquina (ML) e aprendizado profundo (DL), que se concentram no desenvolvimento de algoritmos capazes de aprender e tomar decisões baseadas em dados. Esses modelos têm aplicações diversas, desde a classificação de dados até a geração de novos conteúdos.

Os modelos discriminativos são usados principalmente em aprendizado supervisionado. Eles são projetados para classificar dados existentes, diferenciando entre diferentes classes e usando estimativas de probabilidade e máxima verossimilhança para definir os limites entre essas classes. Um exemplo claro de sua aplicação seria em uma empresa de comércio eletrônico que deseja segmentar seus clientes em diferentes categorias com base em características comportamentais.

Por outro lado, os modelos generativos vão além da simples classificação; eles aprendem a distribuição subjacente dos dados e geram novos pontos de dados que seguem essa distribuição. Isso os torna ideais para tarefas como a criação de conteúdo em plataformas de mídia social, onde a geração de novos dados que pareçam naturalmente humanos é essencial.

Os desdobramentos de como interagíamos antigamente com chatbots a partir de árvores de decisão nos trouxeram a estes modelos. Um modelo generativo, como o GPT (Generative Pre-trained Transformer), é uma técnica avançada em processamento de linguagem natural (PLN) que não apenas interpreta, mas também cria novo conteúdo. Esse tipo de modelo é treinado em vastos conjuntos de dados textuais, capturando padrões de linguagem, gramática, estilo e nuances culturais, permitindo que produza respostas que parecem naturalmente humanas. Um exemplo típico dessa tecnologia é o ChatGPT da OpenAI.

Resumindo, modelos discriminativos, como o próprio nome sugere, são focados em diferenciar e classificar dados. Eles aprendem a distinguir entre diferentes categorias ou classes a partir de dados rotulados, sendo amplamente utilizados em aplicações como reconhecimento de voz e análise de sentimentos. Já os modelos generativos são projetados para criar novos dados que se assemelham aos dados de treinamento. Eles não apenas classificam, mas também geram conteúdos novos, sendo cruciais em sistemas de tradução automática, chatbots e assistentes virtuais.

A escolha entre modelos discriminativos e generativos depende diretamente do problema que se busca resolver. Enquanto os modelos discriminativos são diretos e eficientes para separar classes e identificar padrões em dados rotulados, os modelos generativos oferecem a capacidade de criar novos dados, proporcionando uma vantagem significativa em problemas não supervisionados. No entanto, os modelos generativos são mais complexos e podem ser suscetíveis a valores discrepantes, o que representa um desafio adicional em seu uso. Por isso, que trabalhar com processos de curadoria fazem todo o sentido quando formos disponibilizar soluções para o mercado.

Essa distinção é crucial para entender como a IA está moldando a maneira como interagimos com a tecnologia. O impacto desses avanços é profundo. Eles não só aprimoram a eficiência em diversas áreas, como também levantam questões éticas e sociais importantes. À medida que continuamos a integrar esses modelos em nossas vidas cotidianas, devemos refletir sobre a responsabilidade que temos em seu desenvolvimento e aplicação. Será que estamos preparados para equilibrar as maravilhas tecnológicas com as complexas questões éticas que elas inevitavelmente trazem? A resposta a essa pergunta determinará se o futuro será moldado em harmonia com os valores humanos ou se sucumbirá às forças do progresso desenfreado.

Essa reflexão é essencial para garantir que a inteligência artificial empodere cada vez mais pessoas e empresas com o objetivo de evoluir de maneira que beneficie a sociedade como um todo, promovendo inovações responsáveis e éticas.

Os autores dos artigos, vídeos e podcasts assumem inteira responsabilidade pelo conteúdo de sua autoria. A opinião destes não necessariamente expressa a linha editorial e a visão do Instituto Dynamic Mindset.

Pedro Bocchese

Head de Inovação das Empresas Processor. Possui Pós-Doutorado em Administração de Empresas com pesquisas na área da Teoria Ator Rede. Doutor em Ciências da Linguagem pela UNISUL realizando pesquisa na área de algoritmos do buscador Hummingbird do Google e seu processo de personalização através do conceito The Filter Bubble. Mestre em Gestão de Políticas Públicas pela Univali onde apresentou como defesa de sua dissertação um modelo de Conversão de Metodologias de Cálculo de Valores Venais para municípios. Pós graduado em Engenharia de Software, MBA em Sistemas de Informação e Maçonologia: História e Filosofia; Pós graduando em Data Analytics; MBA em Master Digital & Metaverso. Graduado em Administração de Empresas e Análise/Desenvolvimento de Sistemas; Possui mais de 25 anos de experiência na área de desenvolvimento de software e análise de dados e mais de 20 anos em docência para cursos de graduação e pós-graduação.

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