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Basicamente podemos separar as pessoas em três grupos:

O primeiro são daquelas pessoas que tem uma visão OTIMISTA da vida e sempre levam a mesma com AUTORRESPONSABILIDADE, olham para o futuro com grande ESPERANÇA e criam resultados através das suas escolhas e decisões que muitas vezes são absolutamente incríveis.

Existe um segundo grupo de pessoas que parecem estar sempre com uma nuvem preta pairando sobre suas cabeças, pessimistas com tudo, sem uma visão positiva de futuro e sempre assumindo um papel de VÍTIMA. Invariavelmente atribuem seus resultados a fatores externos, ao governo, a entidades pouco definidas: “eles”, “os outros”, “aquelas pessoas…” e assim por diante.

E existe um terceiro grupo que fica vagando oras no primeiro, oras no segundo. Conforme o desenrolar de acontecimentos em suas vidas, estão em alguns momentos em um ou em outro. Estas mesmas pessoas podem passar, definitivamente de um grupo para outro, no caso de acontecimentos com forte impacto emocional (Positivo ou Negativo).

Vivem a sabor do vento, com baixa consciência do que está acontecendo ao seu redor, causas e motivos. Muitas vezes quando perguntadas sobre os acontecimentos de suas vidas, as respostas são pouco elaboradas ou mesmo não as possuem, creditam quase tudo a um estilo “deixo a vida me levar…”, como na letra da música da Maria Bethânia e Zeca Pagodinho.

Neste conteúdo quero dedicar um tempo sobre o segundo grupo, daqueles que se colocam como VÍTIMAS DA VIDA, INCAPAZES de REAGIR aos acontecimentos ou mesmo assumir o CONTROLE sobre estes e sobre suas VIDAS.

Falta de inteligência? Consciência? Predisposição? Genética?

Será que estas pessoas se consideram INFERIORES? Não possuem INTELIGÊNCIA suficiente para avançar diante de determinados obstáculos? Seria esta INTELIGÊNCIA COGNITIVA (QI)? Ou seria falta de INTELIGÊNCIA EMOCIONAL? Ou uma confusão entre INTELIGÊNCIA e falta de HABILIDADE para realizar algo? Seria ainda uma total falta de CONSCIÊNCIA e AUTOCONHECIMENTO para poder mudar o curso da sua vida diante dos acontecimentos?

Poderia ser algo genético, algo que a pessoa herdasse de seus antepassados e a partir disto NADA PODERIA FAZER? Seria uma predisposição, algo que estava lá dentro “parado” e algum acontecimento da vida, enquanto crescia, acabou por “ligar” e então a pessoa se tornou assim? Poderia ser mudada? Ela foi adquirida durante a vida ou herdada?

O experimento sobre desamparo aprendido

Na década de 1960, o psicólogo americano Martin E. P. Seligman estava pesquisando sobre a depressão na University of Pennsylvania e enquanto estudava a relação entre medo e aprendizado, quase que acidentalmente, descobriu junto com seus colegas, um fenômeno inesperado enquanto faziam experimentos em cães.

Acabaram por descobrir que o protocolo de condicionamento experimental que eles usaram com cães levou a comportamentos inesperados, pois nas condições experimentais, os cães recentemente condicionados não responderam às oportunidades de aprender a escapar de uma situação desagradável.

Estes experimentos ficaram conhecidos como o “Experimento do Desamparo Aprendido” ou “Learned Helplessnes Experiment” também descrito por alguns como “Impotência Induzida” e tiveram um impacto significativo no entendimento da psicologia do comportamento aprendido e na compreensão da depressão e outros sintomas em seres humanos.

Acesse aqui o artigo completo, publicado no Journal of Experimental Psychology,Vol. 74, No.1 de Maio de 1967.

O experimento envolveu cães em uma situação na qual eles foram submetidos a estímulos aversivos incontroláveis e inevitáveis.

Seligman e sua equipe dividiram os cães em grupos e os colocaram em compartimentos nos quais receberiam choques elétricos.

O Grupo 1 foi exposto a choques que podiam ser interrompidos se eles pressionassem uma alavanca/botão, dando-lhes algum senso de controle sobre a situação.

O Grupo 2, no entanto, foi submetido a choques que eram completamente incontroláveis e não havia nenhuma ação que eles pudessem tomar para evitar o desconforto.

Toda a experiência foi montada com o propósito de responder uma pergunta-chave: Será que haveria alguma diferença no comportamento entre o cão com o controle para acabar com o choque e o outro, que não possuía esse controle?

Até aqui o resultado já estava sendo impactante: Mesmo que o número e a intensidade dos choques fossem o mesmo para os dois, assim que os cães eram colocados de volta ao canil, aquele que tinha o controle estava CALMO, TRANQUILO e AGIA NORMALMENTE. O outro permanecia NERVOSO, GANIA e se mostrava ARISCO por um longo período.

Havia portanto uma diferença muito forte no COMPORTAMENTO entre os dois grupos de animais!

Eles foram colocados em uma caixa na qual os choques elétricos eram evitáveis se eles pulassem uma barreira baixa.

Aqueles cães que na primeira etapa da experiência tinham controle para acabar com o choque, logo saltavam a coluna, escapando do piso que causava desconforto.

Já o outro grupo, mesmo com o desconforto, sentiam dor, mostravam-se angustiados, incomodados e estressados, mas não tentavam se libertar do sofrimento, mesmo vendo os outros cães saltarem as colunas, eles simplesmente se resignavam e aceitavam a dor, como se não tivessem escolha diante da situação.

Pareciam ter aprendido a se comportar como se não tivessem controle sobre a situação, mesmo quando, na realidade, poderiam evitar o desconforto pulando a barreira.

Esse comportamento foi interpretado como “DESAMPARO APRENDIDO”, alguns psicólogos chamam de “CONDICIONAMENTO DA IMPOTÊNCIA INDUZIDA” ou seja, os cães haviam internalizado a sensação de que não tinham controle sobre eventos negativos em suas vidas, mesmo quando, na verdade, poderiam ter agido para mudar a situação.

Este experimento trouxe à tona a ideia de que a exposição repetida e prolongada a situações aversivas incontroláveis, pode levar à DESISTÊNCIA e à sensação de DESAMPARO em seres humanos e animais.

Esse conceito tem sido aplicado à compreensão da depressão em seres humanos, sugerindo que um histórico de experiências negativas sem a capacidade de controlá-las pode contribuir para a manifestação da depressão e de outros problemas psicológicos, incluindo a ansiedade e o comportamento de resignação.

Em inúmeros estudos posteriores, ficou comprovado que esse tipo de comportamento também é percebido em seres humanos.

Muitas vezes nos tornamos VÍTIMAS INCONSCIENTES do DESAMPARO APRENDIDO ou da IMPOTÊNCIA INDUZIDA quando somos levados a acreditar que NÃO TEMOS o controle sobre uma situação.

Passamos a agir passivamente, apesar do desconforto que a situação pode nos causar.

Apenas para registro: Estes experimentos também geraram preocupações sobre o tratamento dos animais envolvidos que acabaram levando a discussões sobre o uso de métodos mais éticos na pesquisa psicológica envolvendo animais. Hoje não é mais possível reproduzir experimentos desta natureza com cães.

Parentalidade responsável

Agora quero que você assista este vídeo que apresenta a relação entre o Experimento do Desamparo Aprendido com a forma como podemos criar nossos filhos e o impacto que isto causa na vida inteira DELES:

E você, onde se encontra nesse tema?

Este conteúdo é para trazer CONSCIÊNCIA sobre um tema muito importante em nossas vidas, que diz respeito a FORMAÇÃO DE NOSSAS CRENÇAS.

“CRENÇA: É toda programação mental adquirida como APRENDIZADO ao longo dos anos que determina nossos COMPORTAMENTOS, nossas ATITUDES, nossos RESULTADOS, nossas CONQUISTAS e a nossa QUALIDADE DE VIDA.”

Vou deixar algumas perguntas poderosas aqui para você refletir sobre tudo que leu e viu neste conteúdo. Tenha um caderno, um bloco em mãos e responda nele, tudo o que vier a sua mente:

  • Quais crenças você está tendo que podem ser questionáveis?
  • Que regras de vida que você está usando que podem ser desafiadas?
  • Que recursos você não usou anteriormente em sua vida, suas metas, seus
  • objetivos e poderia usar agora?
  • O que o (coloque o nome do seu ídolo(a) aqui) faria nesta situação?
  • O que você está tomando como verdade que pode não ser?

Agora um exemplo mais focado no lado FINANCEIRO:

Veja estas afirmações que seguidamente ouço de meus clientes de Coaching e avalie se você também tem este tipo de diálogo interno:

  • Um bom emprego é o único caminho para a segurança financeira
  • Dinheiro não cresce em árvores
  • Pessoas como eu nunca enriquecem
  • Dinheiro é a raiz de todo o mal

Veja que podemos adaptar as perguntas e afirmações para cada área importante de nossa vida: FILHOS, FAMÍLIA, TRABALHO, FINANCEIRO… Quando acreditamos que não temos as capacidades necessárias para obter sucesso na vida, quase sempre, fomos INDUZIDOS a acreditar nisso, e aceitamos essa indução como se fosse uma VERDADE INQUESTIONÁVEL.

REFLITA SOBRE ISTO E SOBRE AS DEMAIS ÁREAS DA SUA VIDA!

Tudo o que somos é resultado do que pensamos. A mente é tudo. Nós nos tornamos aquilo que pensamos.

Buda

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Deivis Rogerio Tavares

Especialista em Performance Pessoal e Profissional, Empresário, Consultor, Palestrante, Pai de Atleta. Mais de 20 anos de experiência profissional em Comunicação, Marketing e Vendas, Tecnologia da Informação, Inteligência Competitiva, Gerenciamento de Projetos e de Processos de Negócios, trabalhando em projetos dos mais variados portes e tamanho de empresas.