Como educamos o futuro?
Como pais e educadores frequentemente nos perguntamos, quais os principais valores e habilidades devemos desenvolver aos jovens que serão nosso futuro? Precisamos orientá-los para que possam conduzir o planeta à sua regeneração e sucesso? Como evoluímos as competências necessárias?
Ao falar do futuro estamos contemplando uma mudança inexplicada e sem comparação ao que já foi antes visto e vivido pela humanidade.
Futuro este, que está mais próximo ao presente do que a um acontecimento longínquo, onde em aproximadamente dez anos, se não menos, teremos mais de mil novos tipos de trabalhos e talvez outros mil deixarão de existir, onde a sobrevivência do momento presente ainda se fará necessária para que tenhamos um mundo sustentável e que vidas possam ser preservadas e não aniquiladas em face do descontrole pungente.
De acordo com a Agenda de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas para 2030 devemos focar em 17 objetivos para que possamos levar o planeta a um desenvolvimento sustentável e entre eles está a educação. Como podemos ajudar? Como faremos a diferença começando em nosso dia a dia com a certeza de que pequenas ações, se realizadas em conjunto, podem sim levar a mudança em maior escala?
(Palsgaard, 2021)
Em um mundo onde a distância social levou a tecnologia para primeiro plano como meio de comunicação e interação, conhecimento e distribuição de informação podemos dizer que uma das mais importantes competências a serem desenvolvidas é a habilidade de otimizar a capacidade do uso tecnológico.
Embora a atual crise na saúde mundial tenha levado ao distanciamento social fechando fronteiras físicas a tecnologia permitiu abertura de outras fronteiras e possibilidades e alavancou a necessidade de reinventar-se. A sala de aula passou a invadir os lares e o as empresas foram obrigadas e trazer o conhecimento para seus funcionários reabilitando-os para que pudessem navegar os novos paradigmas e reinventar-se para os novos desafios.
O acesso à diversidade de vários sistemas educacionais foi expandindo possibilitando a aquisição de conhecimento variado a um nível internacional. Este acesso tem também um lado perigoso que deve ser abordado e que nos traz aos valores extremamente necessários para que, junto com a tecnologia, possam educar o futuro de forma positiva. Valores morais e de veracidade de informações pois, assim como o papel, a mídia tecnológica pode mostrar uma versão dúbia de fatos levando a informações e percepções errôneas.
Em referência educação um grande exemplo é o programa educacional do Bacalaureato Internacional (International Baccalaureate) originado na Suiça, hoje expalhado pelo mundo e considerado um dos melhores programas educacionais mundiais; que como filosofia tem os princípios de um aluno global desenvolvendo habilidades para que se torne um cidadão mundial com um entendimento de como funciona a intrínseca rede mundial em diversas frentes desde a econômia, ciências, línguas artes a importância de serviços criativos comunitários navegando em diversas culturas.
Então, volto à pergunta de como educar o futuro, o que será importante e relevante para a sobrevivência da humanidade e do planeta. A meu ver, permanecem valores morais e éticos, hoje um pouco esquecidos, e uma visão abrangente do mundo é preciso respeitar as diferentes culturas contanto que todos estejam trabalhando como uma equipe a realizar os 17 objetivos para um planeta sustentável e um objetivo em comum.